Ex-deputado João Pizzolatti deixa o Hospital Santa Isabel e vai responder a inquérito policial

Ele se envolveu em um acidente grave na rodovia que dá acesso a Pomerode

O ex-deputado federal João Pizzolatti deixou o Hospital Santa Isabel na tarde desta quarta-feira, 20, após ser conduzido pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a casa de saúde, Pizzolatti foi atendido por uma enfermeira, levado ao setor de triagem, mas depois desapareceu sem concluir o atendimento. O ex-parlamentar envolveu-se em um acidente na rodovia Werner Duwe, que liga Blumenau a Pomerode.

Após a batida, que deixou um rapaz de 23 anos com queimaduras nas pernas e uma fratura no braço, Pizzolatti foi agredido por pessoas que o culpavam pelo acidente. Num vídeo, o deputado aparece dizendo que estava bêbado. A Polícia Militar Rodoviária (PMRv), que atendeu ao acidente, não acompanhou o deputado até o hospital.

Bafômetro

Os policiais rodoviários autuaram Pizzolatti por dirigir com sinais de “alteração de capacidade psicomotora” ainda no local do acidente. Segundo o sargento Edson Waltrick, que atendeu a ocorrência, o ex-parlamentar recusou-se a fazer o teste de bafômetro. Duas testemunhas assinaram o auto de constatação, que descreveu olhos vermelhos, dificuldade na fala e sinais de desequilíbrio ao caminhar.

Conforme Waltrick, Pizzolatti só não foi detido em flagrante porque o médico do Samu preferiu encaminhá-lo ao hospital. Havia sinais de que ele bateu a cabeça no acidente.

“Como ele foi vítima, a gente baixou para um inquérito policial. Se ele não tivesse nenhuma lesão, com certeza seria feito o auto de prisão em flagrante”, explicou.

Segundo o sargento, somente se houvesse vítima fatal os policiais acompanhariam o atendimento hospitalar, para depois levar o condutor até a delegacia de Polícia Civil. Como não foi o caso, o ex-deputado pôde ir para casa. Nesta quinta-feira, 21, a Polícia Rodoviária deve encaminhar o boletim de ocorrência à 2ª Delegacia de Polícia de Blumenau, para que seja aberto um inquérito.

O que diz o ex-deputado federal João Pizzolatti

A reportagem tentou ligar para o celular dele durante a tarde, mas o telefone estava desligado. O irmão dele, Paulo Pizzolatti, ex-prefeito de Pomerode, disse que o ex-deputado faz uso de antidepressivos e é hipertenso. Ele acredita que os sinais descritos pela polícia rodoviária tenham relação com os medicamentos. Paulo foi ao local do acidente e acompanhou o irmão até o Hospital Santa Isabel, mas não permaneceu no local durante o atendimento.

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