Ex-morador de Indaial é preso pela PF por suspeita de tráfico internacional de drogas
Cristiano Nascimento lideraria quadrilha que despachava contêineres cheios de cocaína
Um ex-morador de Indaial foi preso pela Polícia Federal na semana passada, suspeito de liderar uma quadrilha responsável por tráfico internacional de drogas. Cristiano Mendes de Cordova Nascimento, de 42 anos, morou e estudou em Indaial em toda a infância.
Atualmente, ele possui uma empresa com sede em Balneário Camboriú, mas mora no Rio de Janeiro, onde é famoso por investimentos em cavalos de corrida, além de imóveis e carros de luxo.
A identidade e detalhes da Operação Turfe da Polícia Federal foram reproduzidas durante o programa Fantástico, da rede Globo, neste domingo, 20. Na reportagem, a polícia aponta que Cristiano é suspeito de liderar a quadrilha que realizava o tráfico de cocaína internacional, e de lavar dinheiro com a compra e venda dos cavalos e produtos de luxo.
“A gente estima que ele pode ter atualmente 60 cavalos de corrida, sendo que um único desses animais pode valer 500 mil dólares. Mas não eram apenas cavalos de corrida. Ele acumulava bens de elevado valor, como carros e imóveis de luxo, aviões particulares e bens de elevado valor”, afirmou o delegado da Polícia Federal, Heliel Martins à reportagem do Fantástico.
Ainda de acordo com a reportagem, a atuação da quadrilha era “ousada” e se aproveitava de navios que cruzavam o oceano até para outros continentes. Segundo informações repassadas pela polícia, eles escolhiam o destino das drogas e aguardam a chegada de contêineres com a mesma rota. Eles substituíam parte das cargas por drogas, sem o conhecimento das transportadores, e aguardam o transporte.
Durante a operação da Polícia Federal, um ex-jogador de futebol, Alexsandro Marques de Oliveira, suspeito de ser o responsável pelo aluguel de galpões da quadrilha, também foi preso. Já a defesa do braço direito de Cristiano, Lindomar Furtado, disse que só vai se manifestar após analisar os documentos.
A reportagem ainda trouxe vídeos com flagrantes da operação e também com falas dos suspeitos. A defesa dos três suspeitos negou a participação nos crimes e apontou como desnecessária as prisões preventivas.