Falta de profissionais faz família aguardar há cinco dias por corpos de vítimas de acidente na BR-470

Familiares e amigos querem poder fazer o velório e se despedir das vítimas o quanto antes

Os familiares e amigos de Elisiane Aparecida Gonçalves, de 50 anos, Benjamin Schnaider, de 5 anos, e Elton Jahn, de 35 anos, que morreram em grave acidente na BR-470, em Apiúna, no dia 7, ainda estão à espera de uma despedida.

Isso porque os três corpos ficaram carbonizados e foram enviados ao Instituto Médico Legal para realizar as necropsias. Segundo a família, o corpo de Elisiane não pôde ser examinado por arcada dentária, então teve que ir para Florianópolis para ser feito um exame de DNA. Ainda de acordo com a família, este exame deve demorar cerca de 30 dias.

Já os corpos de Benjamin e Elton iriam ser reconhecidos por arcada dentária, mas até o momento não aconteceu. “Precisamos agilizar toda a documentação, documentação essa que foi encaminhada para o IML de Blumenau na quinta-feira, 8, no período da manhã, e após o recebimento o corpo seria liberado em 24h, ou seja, sexta-feira, 9, de manhã, o que não aconteceu e nos passaram um novo prazo que seria hoje, segunda-feira, 12”, comenta Fabiana Morrete, prima de Benjamin.

Falta de odontolegista

Porém, nesta segunda, a família recebeu a notícia que todo o estado de Santa Catarina tem somente um odontolegista para realizar estes exames. Segundo a família, eles entraram em contato com o IML e souberam ainda que este odontolegista estaria de férias e voltaria a trabalhar na terça-feira, 13.

A família e amigos das vítimas estão abaladas com o caso e querem poder dar uma despedida merecida aos três.

“Benjamin é um menino de apenas 5 anos, filho único. Sua família, pai e mãe, choram pela sua volta e retorno, querem ver você, querem fazer seu velório como fizeram seu aniversário, suas comemorações, é seu direito.

Como a família do Elton de 35 anos, morador de Ibirama, sua família também quer fazer sua cerimônia de velório, quer ter seu momento de paz e conforto.”

Contraponto

A Polícia Científica de Santa Catarina informa que a identificação civil de vítimas fatais atende a protocolos internacionais que visam a conformidade e segurança dos resultados.

O processo técnico-científico de identificação humana utiliza inicialmente o método datiloscópico, por meio da análise de impressões digitais. Não sendo possível sua utilização, são então empregadas técnicas de antropologia forense e odontologia forense, além do uso do DNA através da genética forense.

Apesar do máximo empenho em prestar os serviços com agilidade, de modo a liberar os corpos das vítimas a seus familiares, trata-se de um processo complexo e que pode exigir semanas para sua conclusão, a depender do método necessário.

Qualquer que seja o caso, a Polícia Científica de Santa Catarina manterá contato com familiares para imediata comunicação acerca da liberação dos corpos, tão logo sejam identificados.

Enquanto órgão de Perícia Oficial de Santa Catarina responsável pela identificação oficial de vítimas fatais no estado, a Polícia Científica reforça seu compromisso com a população em prestar serviços de qualidade e acessíveis em todas as regiões.


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