Familiares de Inês e Franciele cobram respostas sobre crime bárbaro no Tribess

Polícia Civil ainda busca pistas de quem teria cometido o duplo homicídio

Dois meses depois, um dos crimes de maior repercussão em Blumenau ainda permanece sem desfecho. Familiares cobram respostas para as mortes de Inês do Amaral, 57, e Franciele Will, 30, assassinadas dentro de casa no dia 4 de abril. A mãe foi morta por asfixia e a filha por golpes de um objeto perfurante no pescoço.

A família está preocupada com a demora da polícia em descobrir a autoria do crime. Com o passar do tempo, o medo de que o crime bárbaro fique impune aumenta.

“A nossa família está desolada! Tem pessoas que estão fazendo tratamento para o medo e não conseguem mais sair de casa. Um caso desse não pode ficar impune!”, reclama Joel de Oliveira, sobrinho de Inês e primo de Franciele.

“As nossas mentes estão a mil, tentando buscar explicações para tamanha brutalidade!”, conta Pamela de Souza Mundt, sobrinha e prima das vítimas.

“Será que a morte das duas vai ficar impune? Quem é esse assassino, esse monstro? Ele não acabou só com a vida delas, ele acabou com uma família inteira!”, diz Ivonete da Silva Freitas, irmã de Inês.

Segundo o delegado Bruno Effori, responsável pela investigação, a motivação e a autoria do crime ainda estão sendo apuradas. O inquérito deve ser finalizado em 30 dias, mas Effori tem evitado falar sobre o caso.

“São varias linhas de investigação. A que tem elementos mais robustos é a de que foi alguém próximo a família quem executou mãe e filha. Estamos procurando pistas para confirmar a nossa suspeita. Não podemos dar detalhes para não atrapalhar a investigação”, explica o delegado.

“Nunca vi minha mãe e minha irmã brigarem com ninguém”

Os corpos foram encontrados por Odair Will, filho de Inês e irmão de Franciele. Muito abalado, ele não conseguiu mais retornar à residência. Odair já prestou depoimento na Central de Polícia e, pela primeira vez, conversou com a imprensa sobre o caso.

Danubia de Souza

O Município Blumenau: Você acredita que tenha sido alguém próximo que cometeu essa brutalidade?

Odair Will: Eu acredito sim, que tenha sido alguém próximo. Foi alguém conhecido para chegar perto da minha mãe e ela não reagir. Os cachorros também não latiram.

Você imagina o que teria motivado esse crime?

Eu nunca vi minha mãe brigar com ninguém, muito menos a minha irmã. Elas eram quietinhas, na delas. A gente não consegue suspeitar de ninguém que tenha a capacidade e a crueldade dentro de si pra fazer isso. Foi um ato de muito ódio!

Como você descobriu o crime naquele dia?

A porta da sala estava aberta. Eu entrei com a minha namorada. E logo a gente viu sangue no corredor. Quando eu olhei pro lado eu encontrei a minha irmã. Eu chamei por ela e ela não respondia. Quando caiu a ficha eu comecei a procurar pela minha mãe. E encontrei ela no quarto coberta. Eu nunca esperava que uma coisa dessa pudesse acontecer com elas!

A investigação

A Polícia já tem a confirmação de que a mãe foi morta algumas horas antes da filha. O corpo de Inês estava no quarto, sob um cobertor. Franciele estava caída na cozinha , com a bolsa próxima ao corpo. Um sinal de que ela teria sido atacada ao entrar na residência.

O carro de Franciele estava em frente à casa, destrancado. Já o veículo de Inês foi levado pelo assassino, mas foi encontrado no dia seguinte na rua Alexandre Volta, no bairro Itoupava Norte. A Polícia tem imagens de câmeras de monitoramento da região.

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