Fenômeno El Niño pode ser pior do que o esperado; veja o alerta
Boletim foi emitido pela Metsul Meteorologia, com sede em Porto Alegre
Por Ciro Groh
Prognósticos preocupantes por conta dos impactos futuros do fenômeno El Niño. Segundo a nota da MetSul Meteorologia, o segundo semestre deste ano trará chuvas intensas e tempestades fortes para o Sul do Brasil, com impactos podendo ir além das projeções atuais.
Diante dessa expectativa, espera-se um aumento nos extremos climáticos, especialmente a partir de agosto e setembro, com o pico na primavera, que pode ser marcada por uma grande quantidade de chuvas e tempestades.
Confira na íntegra a nota da Metsul
Embora o fenômeno El Niño tenha sido declarado em junho, seus efeitos ainda não estão influindo no clima. A resposta da atmosfera ao aquecimento do Pacífico leva algum tempo para se manifestar completamente.
A previsão é de que o El Niño atinja sua máxima intensidade no último trimestre deste ano e seja considerado forte ou até mesmo muito forte, de acordo com a maioria das simulações.
Entretanto, não é apenas o El Niño que impactará o clima no segundo semestre. O planeta está enfrentando um aquecimento sem precedentes, com ondas de calor marítimas recordes em várias partes do mundo. Além disso, observamos níveis extremamente baixos de cobertura de gelo marinho na Antártida.
As projeções para a temperatura da superfície do mar no último trimestre deste ano são impressionantes e preocupantes. Grande parte das águas oceânicas estará mais quente do que o normal, indicando uma Terra excepcionalmente quente, nunca antes vista na era moderna.
Efeitos do fenômeno El Niño
Os efeitos do El Niño na chuva serão evidentes no segundo semestre, com um aumento significativo nos índices de precipitação no Sul do Brasil, enquanto o Norte e o Nordeste enfrentarão uma redução expressiva.
No Centro-Oeste e parte do Sudeste, há discrepâncias nos modelos, pois essas regiões costumam ter variações na chuva de acordo com cada episódio de El Niño.
A região Sul, especialmente os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, será a mais afetada pelo El Niño em relação à precipitação. A maioria dos modelos climáticos prevê uma segunda metade do ano excessivamente chuvosa nessa região.
Com base em experiências históricas, a MetSul Meteorologia prevê que as anomalias de chuva em alguns meses podem ser ainda maiores do que indicam os modelos climáticos, tornando o cenário de chuvas excessivas pior do que o esperado.
A atuação desse fenômeno aumenta a probabilidade de eventos extremos de precipitação, inundações e enchentes de grandes proporções, afetando um grande número de pessoas. A agricultura também será impactada pelo fenômeno, resultando em prejuízos na safra.
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