Filas para votar: chefe do cartório em Blumenau fala sobre como deverá ser situação no segundo turno
Ricardo de Souza acredita que o fluxo será mais rápido
As filas de votação para o segundo turno das eleições de 2022 tendem a reduzir segundo Ricardo de Souza, chefe do cartório eleitoral de Blumenau. No primeiro turno, muitos blumenauenses reclamaram da demora enquanto esperavam nas filas métricas.
Questionado sobre como o cartório se prepara para mais um turno eleitoral, o chefe destaca que o turno é diferente, com menos cargos, o que torna ele mais “prático”.
“Iremos repetir a logística e preparação. Vamos realizar, na medida do possível, adaptações para os eleitores que precisam de ajuda e não comunicaram anteriormente”, comenta.
Sobre as filas, Ricardo acredita que o fluxo será mais rápido, visto que são somente dois cargos para votação e as pessoas já sabem onde votar. “Os mesários também estarão mais preparados e adaptados”, conclui.
Relembre as filas
Na Furb, maior colégio eleitoral de Blumenau, onde votaram mais de 11 mil pessoas, os eleitores chegaram cedo naquele domingo, 2, e precisaram aguardar na fila alguns minutos para entrar. Vários deles estavam com o título físico e com o número da seção desatualizado e tiveram dificuldade para encontrar o local exato para votação.
Como as seções mudaram em 2018, muitos deles ficaram perdidos e precisaram entrar em contato com o Disque Eleitor. Por conta disso, algumas confusões e aglomerações foram registradas no interior da universidade.
Na Escola Básica Municipal Prof. Oscar Unbehaun, no bairro Água Verde, onde mais de 6 mil pessoas votam, o problema com as seções também causou confusão. Algumas pessoas, para ajudar, escreveram o nome da antiga seção de caneta.
Eleitores relataram demorar mais de uma hora para conseguir votar. Já as pessoas mais idosas estavam bastante confusas e indignadas com as trocas de seções. Fiscais e mesários tentaram explicar e orientar.
Acessibilidade
Outra dificuldade relatada por alguns eleitores foi a falta de acessibilidade nos colégios eleitorais. Sulamerica Cipriani, de 77 anos, foi carregada escada acima por não conseguir chegar à seção com a cadeira de rodas.
De acordo com juíza da 3ª ZE, Cíntia Gonçalves Costi, a Justiça Eleitoral estava ciente do fato de a eleitora ser cadeirante, mas a informação não chegou ao colégio. Quinze dias após o ocorrido, a chefe de cartório da 3ª Zona Eleitoral, Ana Rosa Albiero da Silva, esteve na casa de Sulamerica para explicar o ocorrido.
Após um pedido de desculpas, elas se comprometeram a possibilitar a acessibilidade no segundo turno. Além disso, ressaltaram que eleitores nunca devem ser carregados e que, em casos como este, a urna deve ser deslocada até o eleitor.
Confira a nota na íntegra:
A juíza da 3ª Zona Eleitoral (ZE) de Blumenau, Cíntia Gonçalves Costi, esclarece que o Colégio Bom Jesus, um dos locais de votação pertencentes à sua ZE, não teve qualquer responsabilidade quanto ao fato da seção de votação de uma eleitora com mobilidade reduzida estar alocada em um andar do prédio com acesso exclusivo por escadas. A juíza explica que a eleitora havia informado devidamente a Justiça Eleitoral sobre a sua necessidade e que, por um equívoco, não houve repasse da informação ao Colégio.
Em uma visita à eleitora nesta segunda-feira (17), a chefe de cartório da 3ª ZE, Ana Rosa Albiero da Silva, expressou um pedido de desculpas e garantiu que, para o 2º turno, a seção será deslocada para o andar térreo do Colégio, promovendo a acessibilidade.
Por fim, a Justiça Eleitoral observa que, na ocorrência de casos semelhantes ao de Blumenau, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, por uma questão de segurança pessoal, nunca devem ser carregadas por terceiros para ter acesso à seção eleitoral. Existe, inclusive, a possibilidade de deslocar a urna até o eleitor.
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Colaborou: Alice Kienen
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