Filha é condenada por planejar morte do pai para antecipar herança no Oeste do estado

Justiça confirmou a condenação dela pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e fraude processual

Uma mulher foi condenada pela Justiça por planejar a morte do pai para antecipar a herança. O caso aconteceu no Oeste de Santa Catarina. Segundo a denúncia do Ministério Público, ela prometeu recompensa para os autores dos crimes contra a vida.

No entanto, a vítima sobreviveu aos golpes de faca, diferente da sua esposa, que morreu em função dos ferimentos. Assim, a 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), em matéria sob a relatoria do desembargador Antônio Zoldan da Veiga, decidiu manter as condenações pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e fraude processual de dois homens e uma mulher. Um terceiro homem que participou do crime foi condenado por furto.

A filha, que planejou toda a ação e ofereceu recompensa, foi condenada a 31 anos, um mês e 10 dias de reclusão. Um dos homens, que confessou as agressões contra o idoso que sobreviveu, recebeu a pena de 23 anos e quatro meses de reclusão. Já o segundo homem, que matou a esposa do idoso, pegou 26 anos e quatro meses de reclusão.

Todos devem cumprir as penas em regime fechado e também foram condenados a sete meses de detenção e 22 dias de multa cada. O terceiro homem, condenado apenas pelo crime de furto, teve pena fixada em três anos, seis meses e 20 dias de reclusão, em regime aberto.

Segundo a denúncia do MP, os homens e a filha de uma das vítimas usavam cocaína durante o início de uma madrugada em março de 2018. Com a promessa de recompensá-los assim que recebesse a herança, os homens partiram para a casa da vítima.

Com dois chutes arrombaram a porta da casa, onde o casal vítima dormia. O homem recebeu um golpe chamado gravata e foi questionado sobre uma arma. Em ato contínuo, o idoso foi esfaqueado na sala e simulou estar morto. Na sequência, os homens mataram a esposa no quarto. Para prejudicar a investigação, os envolvidos retiraram a arma da casa.

Inconformados com a sentença do Tribunal do Júri, a filha de uma das vítimas e os dois homens condenados por homicídio e tentativa de homicídio recorreram ao TJSC.

Basicamente, todos requereram a anulação do julgamento, sob a alegação de que o resultado foi contrário as provas dos autos. Subsidiariamente, pleitearam a redução das penas para afastar as qualificadoras de culpabilidade, da conduta social, da personalidade e das circunstâncias do crime.

O recurso foi parcialmente provido para afastar as circunstâncias judiciais da conduta social e personalidade. Levando em conta os relatos dos acusados e da vítima sobrevivente, os quais afirmaram que as lesões apontadas nos laudos periciais foram provocadas mediantes golpes de faca; bem como a circunstância de que a arma branca citada é apta a provocar ferimentos perfurocortantes; além do local vital atingido: pescoço; não há dúvida da ocorrência de crimes de homicídio tentado e consumado¿, anotou em seu voto o relator.

A sessão foi presidida pela desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer e dela também participou o desembargador Luiz Cesar Schweitzer. A decisão foi unânime.


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