Focado no atendimento humanizado e holístico, Lar de Idosos Morada dos Girassóis muda para casa mais ampla

Com o objetivo de proporcionar uma estadia humanitária e carinhosa para os idosos, a casa de repouso Morada dos Girassóis está em novo endereço em Blumenau com uma estrutura muito mais ampla.

O proprietário do lar, Diego Camargo, conta que tinha uma casa menor no bairro Itoupava Central para atender os idosos, cujo local tinha o nome de Vida e Mar. Então, ele decidiu realizar a mudança para uma residência maior, no mesmo bairro, que tem mais quartos e espaço, além de trocar o nome da casa de repouso para Morada dos Girassóis.

Com a mudança, a casa de repouso conta com um espaço de 244 metros quadrados, seis quartos, três banheiros, sala de convivência, cozinha, refeitório, sala de leitura, consultório, farmácia, além da dispensa e lavanderia.

Estrutura

A casa tem idosos que moram permanentemente no local, mas também há famílias que fazem contratos menores e até temporários, como de um mês. “Tem famílias que querem deixar o idoso um mês, ou fazer um período de teste de um, dois ou três meses. Tudo pode ser negociado no contrato. Eles também podem tirar o idoso, desde que avisem com 30 dias de antecedência”, comenta Diego.

As famílias podem visitar os parentes todos os dias, entre às 14h e 17h, mas os dias mais procurados são sábado e domingo. “Sempre deixamos claro que a fase de adaptação pode ser difícil e se a pessoa quiser conhecer a rotina, ficar na casa passar um dia, não tem problema, pode ficar com o idoso”.

Atualmente, a casa de repouso abriga oito idosos, mas ainda há seis vagas abertas, totalizando espaço para 14 pessoas.

Benefícios

Diego comenta que ainda há muito preconceito das pessoas com as casas de repouso, pois muitos acreditam que se trata de um asilo. No entanto, o proprietário é categórico ao informar que a Morada dos Girassóis é um local humanitário, onde o idoso receberá atenção, alimentação adequada, além de participar de atividades para se manter ativo.

“As pessoas, de modo geral, têm esse preconceito com a casa de repouso. Elas acham que estão abandonando o familiar lá e deixando sem cuidado e atenção. Hoje em dia sabemos que não é assim que funciona, as famílias estão muito presentes em tudo que nós fazemos e com razão, afinal de contas é um familiar deles que está sob o nosso cuidado”, salienta.

Segundo o empresário, quando as pessoas procuram a casa de repouso significa que elas já esgotaram todas as possibilidades de cuidado. “Vejo aqui que todos os idosos que nós temos é porque a família não consegue prestar a assistência de qualidade como deve ser. Temos pacientes que o familiar cuidava há oito anos, então chega em um momento, dependendo da condição que ele está, que é complicado de prestar uma assistência. É diferente de cuidar de alguém que caminha e faz tudo sozinho e prestar assistência para um idoso que não se alimenta sozinho, que precisa de banho e trocar curativos”, aponta Diego.

Ele comenta que muitas vezes essas situações podem afetar o psicológico da família e até do idoso. Na casa Morada dos Girassóis, os idosos recebem todos os cuidados, além de ter uma rotina fixa.

Importância da rotina

Os idosos passam por consultas com fisioterapeuta e psicólogo, além disso eles têm horário de leitura, interação lúdica, atividade ao ar livre, sem contar as refeições, banhos e higienização. Diego comenta que há locais onde os idosos acordam às 5h para tomar banho, o que pode causar desconforto para o paciente.

Ele enfatiza que, no lar, os idosos encontram humanização, exemplo disso é que eles acordam às 7h para a higienização. “Aqui eles encontram humanização com atendimento holístico, ou seja, nós buscamos entender o ser humano em todas as suas dimensões, biopsicossocial, pois sabemos que ele tem uma história e uma família”.

Diego comenta que após o período de adaptação, os pacientes da casa de repouso apresentam uma boa melhora. “Todos os residentes que temos aqui vieram em situações diferentes e hoje eles estão melhores, participam de atividades, têm uma rotina e os familiares percebem essa melhora”, aponta.

Após a melhora, Diego faz questão de explicar para a família que o idoso tem um tratamento diferenciado quando está no lar, visto que há uma equipe preparada para atendê-los em qualquer necessidade.

A equipe multidisciplinar da casa de repouso é formada por enfermeiro, médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, técnicos de enfermagem, além dos cuidadores.

Depoimentos dos familiares

“Somos muito gratos por ter feito essa escolha. Sempre que se toma essa decisão vem junto várias questões tanto econômicas como emocionais. Na parte econômica foi um investimento onde temos o valor mais justo possível para o trabalho realizado e na parte emocional preciso dizer que estou com o coração tranquilo e com a certeza que fiz a melhor escolha. Lá na casa o meu irmão tem a alimentação saudável, tem os cuidados básicos necessários e também tem o apoio emocional que um idoso necessita e na correria do dia a dia muitas vezes deixamos de dar. Todas as vezes que vou visitar meu irmão ele está tranquilo e bem asseado. Vejo o carinho e respeito que ele recebe dos cuidadores e isso nos deixa felizes. Hoje tenho a certeza que tomei a melhor decisão para o bem do meu irmão.”

– Schirlei Maria Paterno, moradora de Pomerode

“Sou filha da Marilda, hóspede da Morada dos Girassóis. Minha mãe teve AVC em 2020 e ficou bem debilitada e ela é cega devido ao glaucoma. Após o AVC, eu e minha irmã decidimos colocá-la em uma casa de repouso, mas a primeira experiência não foi muito boa, ela não foi bem tratada. Procuramos outra e encontramos a Morada dos Girassóis. Em menos de um mês ela largou as fraldas durante o dia, recuperou peso, ganhou vida e recuperou a dignidade. Lá todo muito é muito querido, muito atencioso, gosto muito do tratamento deles. O Diego é muito transparente com os gastos com a mãe e com a casa. Ele está sempre inovando o ambiente, buscando coisas que possam melhorar eles e está sempre aberto para feedbacks e sugestões. Ele apresenta o planejamento nutricional, fala dos prestadores de serviço, a rotina deles e promove a integração entre os familiares. Eu conheço os familiares dos hóspedes por conta das festinhas de confraternização, inclusive, sempre que eu vou visitar a minha mãe, nós conversamos bastante com os outros hóspedes, descontraídos, é bem agradável o ambiente. Estou bem satisfeita com o serviço prestado e recomendo para todos que precisam dessa alternativa, pois a gente sabe que as pessoas estão trabalhando cada vez mais e com menos tempo. Às vezes não conseguimos dar a assistência necessária para os nossos idosos, muitas vezes a assistência especializada, coisa que mesmo se tivéssemos tempo, não teríamos a capacidade. Quando isso acontece é bom saber que temos uma alternativa saudável e confiável. Super recomendo a casa e deixo a minha mãe lá com bastante tranquilidade, ela mesma sempre me dá o feedback muito positivos, pois apesar das limitações dela, ela é lúdica e só fala coisas boas de lá”.

– Graziela Vicente, moradora do bairro Velha Grande, em Blumenau