Foragido, “Zé Trovão” discorda de Bolsonaro e pede que paralisações continuem
Presidente pediu o fim dos bloqueios
Entre quarta-feira, 8, e quinta-feira, 9, o caminhoneiro bolsonarista de Joinville, Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como “Zé Trovão”, discordou de Jair Bolsonaro (sem partido) e solicitou que a paralisação siga nas rodovias federais do país. Ele é considerado foragido por frequentemente ameaçar o ministro Alexandre de Moraes e o próprio Supremo Tribunal Federal (STF).
Em um vídeo, se referindo diretamente a Bolsonaro, ele diz que os caminhoneiros precisam do apoio do presidente do Brasil. “O senhor está nos convocando desde o começo do ano. Vamos trancar todo o Brasil porque estamos do seu lado. Precisamos que você faça algo”, diz.
Durante outra gravação, ele ordena que os grevistas devem ficar sobre as rodovias, não nas laterais. “Assim fica difícil, vocês têm que estar em cima das pistas”, afirma. E ainda cita para que as vias sejam totalmente trancadas. “Vamos manter as pistas 100% fechadas. Só passa ambulância, remédio e oxigênio”, ressalta.
Em outra filmagem, ele sinaliza que a situação está difícil. “Vamos ‘ajudar’ o Brasil, porque sozinho não estamos conseguindo”, lamenta.
Bolsonaro pede fim dos bloqueios
Um áudio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a paralisação dos caminhoneiros vazou na noite desta quarta-feira, 8. Na gravação, o presidente pediu para que os caminhoneiros liberassem as estradas do país.
Bolsonaro relatou que esse tipo de bloqueio atrapalha a economia do Brasil e que poderá afetar principalmente os mais pobres. A veracidade do áudio foi confirmada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, por meio de um vídeo.
Mandado de prisão
O mandando de prisão contra o caminhoneiro foi expedido no dia 3 de setembro. A decisão foi solicitada pela Procuradoria Geral da República (PGR), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, por ataques contra o Poder Judiciário e apoio às manifestações antidemocráticas.
No mesmo dia, o joinvilense afirmou que iria se entregar na terça-feira, 7, no Dia da Independência do Brasil, porém, não cumpriu o que disse.
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