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FOTOS – “Mudança foi radical e nos dá orgulho”; veja como está sede da Renal Vida de Blumenau após um ano

Associação atende mais de 87% dos casos pelo SUS

A pouco mais de três meses de completar um ano, a nova construção da Associação Renal Vida, de Blumenau, tem se mostrado cada vez mais importante para o município.

Com um investimento próximo dos R$ 30 milhões, a estrutura, junto com as outras unidades em Brusque, Rio do Sul, Timbó e Itajaí, atende cerca de 75 cidades ao todo, sendo referência em Santa Catarina. 

O novo prédio em Blumenau, agora possui quatro andares, que são distribuídos em 8.2018,46 m², com 18 consultórios multidisciplinares, 396 vagas de hemodiálise e120 vagas de estacionamento.

Além da expansão, a procura pelos tratamentos e atendimentos da Associação também aumentou, e, por conta disso, a Renal Vida virou referência nacional em tratamentos referentes ao rim, chegando a atender, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pessoas de São Paulo, Mato Grosso e até do Amazonas.

Foto: Iáscara Zultanski/O Município Blumenau

Houve um aumento significativo na procura pelo Renal Vida. No nosso antigo espaço, não havia mais vaga de atendimento por ser um espaço menor. Nossa capacidade estava cheia. Agora, com a expansão, aumentamos o número de vagas e o conforto dos pacientes”, relata o diretor-executivo, Tarcísio Steffen.

Melhorias e conforto

Entre as melhorias proporcionadas pelo novo espaço está a contratação de novos profissionais. Na unidade de Blumenau, atualmente, há 175 funcionários, e dentre esse número está três novos médicos pediatras. 

Antes do novo prédio não havia uma equipe pediátrica, muito menos pediatria na hemodiálise, o que causava transtornos para muitas famílias. “Antigamente, tínhamos mães que saiam de Blumenau, e precisavam levar os filhos para Joinville para ter esse tratamento. Agora não, elas podem fazer isso aqui na cidade, com mais conforto e tranquilidade”, comenta o Diretor-Executivo. 

Além disso, o novo espaço proporcionou uma mudança nos horários de trabalho. Na antiga sede, os trabalhos iniciavam as 4h30, e seguiam até a 00h, enquanto o novo espaço, os trabalhos iniciam às 6h30 e seguem até as 18h. Isso aconteceu devido ao aumento nos espaços de consultório, que foram de 3 salas, para 12, e o aumento e melhora no espaço e equipamentos de hemodiálise.

Sala de hemodiálises | créditos: Iáscara Zultanski/O Município Blumenau

Outros pontos positivos da nova sede, foi a melhora na acessibilidade para pacientes, familiares e funcionários. Agora, o prédio, que é dividido em quatro andares, possui 62 bancos e cadeiras nas salas de espera, acessíveis para pacientes obesos, acesso para cadeirantes e até um espaço infantil, com jogos e mesinhas. 

Para o diretor-executivo da Associação Renal Vida, a construção dos elevadores para macas foram uma das melhorias que mais trouxeram conforto. Segundo ele, antes, era preciso deixar o paciente sentado de forma desconfortável e sentado, com as pernas penduradas, agora, com um elevador mais espaçoso, é possível deixar o paciente deitado mais confortavelmente.

Como a nova construção permitiu que fossem contratados mais profissionais, a estrutura do atendimento também mudou. Agora a Renal Vida trabalha com um sistema de equipe multidisciplinar, que permite que os pacientes tenham acompanhamento com psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e todo apoio que o paciente precisar.

“Quando o paciente passa por essa experiência, acaba afetando ele e toda a família, então é preciso ter esse suporte, já que não sabemos qual é a realidade dele fora da Associação. Esse suporte é essencial”, complementa Pamela Dickmann, coordenadora de Comunicação da Associação Renal Vida. 

Consultório da Associação Renal da Vida | créditos: Iáscara Zultanski/O Município Blumenau

Para além da estrutura da Associação, inovações na geração de energia e água foram realizadas. Com um sistema de tratamento de água, agora o local se tornou uma unidade estratégica para catástrofes, e consegue trabalhar por cerca de 10 dias, com 540 pacientes, sem que precise de fornecimento de água ou energia, em caso de tragédia em Blumenau. 

Projeto ReAprender e outras conquistas

Em junho de 2022, a Renal Vida, em conjunto com o Sindicato Indústria Fiação Tecel Vestuário (Sintex), anunciou um importante projeto, que só foi possível desenvolver, a partir do novo prédio contruído: o projeto ReAprender. 

Como os pacientes que precisam realizar sessões de hemodiálise três vezes por semana, durante quatro horas por dia, muitos deles acabando perdendo seus empregos. Dessa forma, em parceria com a Universidade de Maringá, a Renal Vida oferece cursos de graduação e de pós-graduação totalmente gratuitos, para os pacientes e seus acompanhantes, assim eles conseguem utilizar o tempo do tratamento, para adquirir conhecimentos. 

Como o projeto é em parceria com a Sintex, os pacientes que terminarem os cursos e quiserem reingressar ao mercado de trabalho, tem preferencia nas vagas dentro das cotas exigidas por lei para PCDs, pela deficiência renal, pelas empresas vinculadas.

Além de ser uma das 100 melhores ONGs do Brasil, ter reconhecimentos de responsabilidade social da Alesc e diversos reconhecimentos por transparência, a Associação Renal Vida também recebeu Selos de Signatário do Movimento Nacional ODS 2022, por cumprir 10 entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. 

Entre os objetivos atingidos estão consumo e produção responsáveis, ação contra a mudança global, água potável e saneamento, e energia limpa e sustentável, com o projeto de coleta seletiva, coleta de água e lixo eletrônico, que são transformados em computadores para projetos educacionais para crianças carentes de Blumenau.

Para Tarcísio, a melhora foi absurda e a mudança foi muito radical. “A Renal Vida é uma entidade da comunidade, ela leva todo mundo a ter muito orgulho. Vemos um sentimento bom vindo das pessoas, então isso dá uma relevância significativa e orgulho a todos nós”, relata Tarcísio.

Confira fotos do local:

Atualmente, a Associação Renal Vida atende 75 municípios, onde são feitos 2.069 acompanhamentos de pacientes que fizeram transplantes renais. São realizadas mais de 10.800 sessões de hemodiálises para mais de 1.050 pacientes por mês, e cerca de 87% de todo o tratamento é pelo SUS.

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