São 27 anos de uma história calcada na disseminação do conhecimento e, como resposta, um reconhecimento que vem crescendo em toda a Santa Catarina.
Os legados construídos pela Fritz Müller nessas quase três décadas de trajetória foram exaltados no evento de comemoração do aniversário na terça-feira, 15, na sede da instituição, em Blumenau, e em transmissão simultânea pelo YouTube.
Professores, colaboradores, clientes e a imprensa local se reuniram para a palestra de Gil Giardelli, especialista em inovação tecnológica, que falou sobre os impactos da inteligência artificial sobre a inteligência humana e os reflexos dessa relação no mundo corporativo.
“É uma satisfação olharmos para trás e vermos tudo o que desenvolvemos até aqui e o patamar de referência que conquistamos perante a comunidade. Nossa meta é continuar abrindo espaço para todas aquelas pessoas interessadas em crescer pessoal e profissionalmente, como uma instituição comprometida e que oferta soluções que atendem às demandas desse mercado em constante transformação”, afirma Everaldo Artur Grahl, diretor-presidente da Fritz Müller – Hub de Conhecimento.
A noite também foi marcada por homenagens e agradecimentos às parcerias cultivadas até aqui, a exemplo da Fundação Dom Cabral – eleita a 7ª melhor escola de negócios do mundo e que há 24 anos tem a Fritz Müller como associada e representante em Santa Catarina.
“A Fritz Müller e a FDC têm muita coisa em comum, partilhamos dos mesmos princípios e valores. É uma relação de muito respeito e confiança, características essenciais quando estamos falando da disseminação de saberes”, comenta Marciene Macedo, gerente executiva da FDC.
Novo posicionamento institucional dá o tom que a entidade espera para os próximos anos
No seu aniversário a Fritz Müller também lançou sua nova campanha institucional, que reforça o posicionamento da instituição como hub de conhecimento.
A comunicação aborda a multiplicidade de conhecimentos e as diferentes facetas da instituição neste contexto.
Além disso, a essência da nova campanha é amplificada pela voz daqueles que se conectam com a Fritz Müller. Através dessas narrativas pessoais, é possível compreender como a instituição conecta pessoas para gerar resultados positivos.
Palestra mostra caminhos da inovação
Em sua abordagem, Gil Giardelli trouxe ao público várias reflexões sobre o papel do homem nos processos de desenvolvimento da tecnologia e o impacto da revolução tecnológica no trabalho e na sociedade de maneira geral.
Para ele, vivemos o nosso melhor momento social, com uma explosão de inteligência e uma nova era do conceito de inteligência artificial como aliado do progresso humano.
“Nosso desafio é desaprender modelos mentais desatualizados e obsoletos. Precisamos pensar o futuro e disseminar conhecimento, trazer à tona o choque de gerações para tirar o melhor proveito desses embates e conquistar novas formas de nos posicionarmos na sociedade – o que se reflete também nos negócios, com novas oportunidades e demandas”, comentou.
Gil destacou que estamos migrando de um cenário mercadológico pautado pelo B2B (negócios para negócios) e B2C (negócios para consumidor) para o H2H, ou seja, pessoas para pessoas, onde o universo do lucro passa a dar espaço ao universo do propósito.
“Vender só produtos e serviços está ficando para trás. É preciso entregar valores e experiências”, salientou, reforçando a necessidade de rever conceitos e formas de gestão.
“Já estamos num momento em que honestidade e humildade são características essenciais de um líder. Nas equipes, precisamos de mentes curiosas, criativas e ávidas pelo novo. Só assim as corporações vão atingir um patamar de excelência nessa nova era que conecta ciências com as virtudes humanas”, explanou.
Para atingirmos o que ele chamou de Sociedade 5.0, que coloca o ser humano e a educação no centro, ainda há um bom caminho a ser trilhado, no entendimento de que profissões serão extintas e outras vão surgir nas ondas de trabalho proporcionadas pela IA.
No entanto, segundo Gil, até o fim deste século frente aos avanços tecnológicos, será preciso sermos ainda mais humanos, debruçando esforços na alfabetização emocional, na curiosidade criativa e na sensibilidade social – na mesma proporção da exploração da IA.
“Sempre será preciso o toque humano para a decisão pelos melhores caminhos. A inteligência artificial nunca vai substituir a inteligência humana, pois ela só tem a face da adição. Nós humanos temos outras quatro faces que a máquina não deverá alcançar”, enfatizou, referindo-se a impulso, ética, moral e psicologia, que fazem do homem um ser com experiências e história.