Funcionários dos Correios decidem adiar paralisação marcada para esta semana
Estado de greve será mantido enquanto ministro do TST cria nova proposta
Após anunciarem que os Correios entrariam em greve na noite desta quarta-feira, 31, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) decidiu adiar a paralisação.
Os trabalhadores foram orientados a aceitar o prazo de 30 dias solicitado pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Renato Paiva para tentar construir uma nova proposta de acordo.
Entretanto, o grupo mantém o estado de greve, para manter a legalidade caso a categoria decida iniciar a paralisação no final de agosto. A negociação envolve o plano de saúde dos pais e mães dos empregados dos Correios.
Eles ainda afirmaram que a possível privatização da empresa está sendo colocada em prática gradativamente a partir das decisões do governo quanto aos direitos dos empregados e rumores espalhados sobre os serviços prestados.
Leia a nota da Fentect na íntegra:
O Comando Nacional de Negociação e Mobilização da FENTECT tem participado há mais de um mês de reuniões para a negociação do novo Acordo Coletivo de Trabalho da categoria. Após a última reunião realizada hoje (31) no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tratar do PMPP referente ao plano de saúde, o ministro Renato Paiva pediu um prazo maior para tentar construir uma proposta sobre a manutenção de pais e mães no plano e a prorrogação do atual acordo por mais 30 dias.
A falta de interesse da empresa em negociar foi evidente durante toda a Campanha Salarial. Desde a não apresentação do índice econômico no prazo acordado até as propostas para retirar direitos historicamente conquistados, a postura da ECT foi prejudicar o calendário, empurrando a negociação para o TST.
O discurso de privatização defendido pelo Governo e colocado em prática gradativamente (inclusive com os ataques as direitos dos ecetistas) também é produzido a partir da Campanha Salarial jogando a opinião pública contra os trabalhadores e espalhando informações falsas a respeito do serviços prestados pelas empresas estatais.
Diante disso e consciente da má vontade dos atuais gestores à frente dos Correios, o Comando Nacional orienta a rejeição da proposta de reajuste salarial e retirada de direitos apresentada pela empresa e passa a contar com a mobilização dos trabalhadores nos próximos dias para pressionar por uma proposta que verdadeiramente atenda os anseios da categoria. Os trabalhadores devem manter o Estado de Greve a fim de garantir a legalidade do movimento paredista caso haja deflagração de greve nas assembleias que vierem a ser realizadas até o fim de agosto.
Com o fim do prazo do PMPP, o processo de judicialização que trata da permanência de pais e mães no plano de saúde está suspenso, garantindo atendimento apenas a emergências e tratamentos que já estão em curso e emergências. Portanto, qualquer avanço neste ponto só será possível com a luta de todos os trabalhadores.
TODOS PELOS CORREIOS!
Por uma empresa pública de qualidade e nem um direito a menos para os trabalhadores!