Furacão Milton: casal blumenauense relata vida na Flórida após passagem de ciclone
Rafael e Flávia vivem próximo a Orlando desde 2020
Rafael Silvério, um fotógrafo de Blumenau e que atualmente mora em Clermont, próximo a Orlando, na Flórida, compartilhou como está sendo a vida nos Estados Unidos por conta do Furacão Milton.
A decisão de morar nos Estados Unidos surgiu ainda durante os anos de faculdade, quando ele participou de um intercâmbio e se encantou pelo estilo de vida americano. Ele e a esposa mudaram-se definitivamente para os EUA em 2020, um mês antes da pandemia começar. No entanto, além da rotina profissional, a vida na Flórida traz um desafio constante: os furacões.
O blumenauense, que vive com a esposa e fisioterapeuta Flávia Lenzi Tarwnosky Silvério e o filho Adam Silvério, relembra que já passou pelo furacão Ian, em 2022, e nas últimas semanas pelo Helene, que deixou mais de 200 mortos.
Rafael relata que todos os cuidados são tomados com ajuda do governo. “Aqui o governo orienta sobre os cuidados a serem tomados, como estocar alimentos e água, retirar móveis do quintal e garantir que os veículos fiquem protegidos. Já sabemos como lidar com isso, mas cada ano traz um novo furacão e com ele, a tensão sobre o que pode acontecer.”
Mesmo diante dos desafios climáticos, o fotógrafo enfatiza as oportunidades que encontrou na Flórida e o desejo de continuar vivendo no país que sempre admirou. “Aqui temos segurança, acesso a serviços de qualidade e oportunidades profissionais. A mudança trouxe desafios, mas estamos felizes com a decisão.”
Sobre os furacões, ele faz questão de ressaltar a importância da preparação: “É algo com que temos que lidar anualmente. O furacão Helene passou recentemente mais ao norte, mas trouxe chuvas e ventos fortes. E os tornados que acompanham essas tempestades são ainda mais perigosos, pois podem surgir de repente e causar estragos significativos.”
A Flórida, conhecida por ser uma das regiões mais atingidas por furacões nos Estados Unidos, tem sistemas robustos de alerta e evacuação. Segundo Rafael, quem segue as instruções das autoridades geralmente consegue passar por esses eventos com segurança. “Aqui em Clermont estamos fora da zona de evacuação, mas a região de Tampa, por exemplo, foi toda evacuada. Muita gente veio para Orlando se abrigar, pois aqui, mesmo com os riscos, a situação é mais controlada.”
Em conversa com a reportagem de O Município Blumenau, Rafael relatou que nesta quarta-feira, 9, o furacão Milton chegou na Flórida. Segundo ele, onde a família mora, a energia não foi danificada e apenas pequenos danos foram causados. “Algumas pequenas árvores caídas e muita sujeira por causa do vento. Achei que esse foi mais tranquilo do que o furacão Ian, de 2022, onde choveu muito mais”, finaliza.
Furacão Milton
De acordo com o G1, 10 mortes foram registradas na Flórida por causa do furacão Milton. Além disso, cerca de 3,4 milhões de pessoas estão sem energia elétrica.
O Milton chegou à Flórida como um furacão de categoria 3 nesta quarta-feira, 9, por volta das 21h30 no horário de Brasília. A velocidade sustentada dos ventos do furacão foram estimadas em 205 km/h.
No momento da publicação desta matéria, a velocidade sustentada dos ventos é de 120 km/h. O furacão Milton foi reclassificado como ciclone pós-tropical.
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