Gasolina tem redução de custo nas refinarias, mas consumidor final não vê mudanças

Desde o dia 20 o Procon de Blumenau está fiscalizando os preços dos combustíveis na cidade

O litro da gasolina vendida nas refinarias do Brasil passou a custar R$ 1,56 desde quinta-feira, 22, 3,34% a menos que o preço estipulado até então. Entre meados de outubro e novembro, as reduções já acumulam cerca de 24%, mas os custos ao consumidor sofreram decréscimos muito menores. Desde que a política de preços da Petrobras sobre o combustível está vigente, com reajustes quase dobrados, existe uma alta acumulada de 18,54% na gasolina.

O assessor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivado de Petróleo do Litoral Catarinense e região (Sincombustíveis), Cesar Ferreira, reitera que os postos de combustível não são obrigados a repassar estes reajustes ao consumidor final.

“Há diversos fatores. A gasolina das refinarias passa pelas distribuidoras e pela carga tributária até chegar à bomba. Especificamente na região, houve um reajuste de 4% dos salários dos funcionários dos postos. E este período do ano é marcado pela entressafra do álcool anidro”, explica.

O álcool anidro é um dos componentes da gasolina disponível nos postos. Atualmente, ela é composta por 73% de gasolina A e 27,5% de álcool anidro. Portanto, a redução nas refinarias influencia o preço de 73% do produto final, após passar por distribuição e carga tributária, que não teve alterações recentes. A entressafra do álcool anidro, assim como do etanol das bombas, começa no fim do ano e se estende até março ou abril.

O coordenador do Procon de Blumenau, André da Cunha, conta que o órgão recebeu algumas mensagens de consumidores que questionaram se os postos estão repassando corretamente a redução.

Desde o dia 20 o Procon está fiscalizando os preços dos combustíveis na cidade. Segundo o órgão de defesa, a demora em repassar o desconto às bombas é devido às distribuidoras, que mantiveram os mesmos valores cobrados para os postos de combustíveis.

Com o objetivo de garantir o direito dos consumidores, o Procon emitiu autos de fiscalização aos proprietários dos postos para que apresentassem as notas fiscais dos combustíveis, como a gasolina comum e aditivada, dos meses de outubro e novembro. A medida está servindo para fazer uma comparação dos valores e conferir se o desconto está chegando às bombas.

Segundo Cunha, 16 postos de combustíveis protocolaram a resposta junto ao órgão.

“Solicitamos também no auto de fiscalização para que o posto justificasse se reduziu ou não o valor do combustível. Os documentos apresentados demonstram que os postos estão reduzindo gradativamente o preço da gasolina. Devemos receber nos próximos dias o restante dos documentos emitidos nos estabelecimentos”, disse.

 

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