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Governo de SC concede mais de R$ 10 milhões para estudo dos mosquitos Aedes aegypti e maruim 

Estudos buscam tratar os desafios da saúde catarinense

Nesta quarta-feira, 3, o Governo de SC anunciou que irá conceder R$ 12 milhões em recursos para os estudos de mosquitos maruim e Aedes aegypti, como forma de enfrentar os desafios da saúde. 

O presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, afirmou em nota oficial: “Temos um problema muito evidente do crescimento do Aedes aegypti e das doenças que ele transmite. Isso já vinha recebendo atenção das nossas Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação e agora nós juntamos a demanda da comunidade, à capacidade dos nossos cientistas com fomento do Governo de SC na promoção desse edital de pesquisa”.

Três editais foram lançados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) para pesquisadores vinculados a Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) públicas e privadas, sem fins lucrativos, e empresas sediadas no estado.

estudo dos mosquitos
Roberto Zacarias/Secom/Divulgação

“Temos uma grande capacidade técnica e científica no nosso estado, nas áreas médica e de agronomia, por exemplo, que podem ser utilizadas para o combate ao inseto. Temos que diminuir a população do mosquito, entender a doença e tratar”, explica Fábio Wagner Pinto em comunicado.

O prefeito do município de Luiz Alves, Marcos Pedro Veber, declarou em nota: “A forma como a Fapesc acolheu essa situação, com a Secretaria de Saúde, é muito importante. O município de Luiz Alves e toda a região que sofre com a infestação do maruim está passando por um momento muito delicado. Com esses investimentos em pesquisa e inovação, temos a certeza de que proposta e política pública podem trabalhar de forma conjunta para controlar a circulação desse inseto, devolvendo a qualidade de vida para nossa população”.  

Estudo dos mosquitos

Mariuns

O município de Luiz Alves, no Vale do Itajaí, decretou situação de emergência devido à infestação de maruins, que causam a Febre do Oropouche, em março deste ano. Os sintomas são parecidos com a dengue e a Chikungunya, como dores de cabeça, muscular e nas articulações, além de náusea e diarreia.

A Fapesc desenvolveu chamadas públicas para pesquisa científica e para desenvolvimento de produtos, serviços e processos inovadores. O edital 36/2024, voltado para pesquisadores, apoia projetos de investigação dos aspectos biológicos e ecológicos do mosquito, controle e monitoramento da superpopulação do maruim e tem um aporte de recursos da Fapesc de R$ 3 milhões.

Como explicado em nota, os projetos enviados podem ser em uma ou mais linhas de pesquisa: desequilíbrio ecológico e ambiental; controle e manejo e saúde única. Serão selecionados seis projetos, sendo dois em cada linha de pesquisa, para receber até R$ 500 mil cada.

A chamada pública prevê a contratação de bolsistas com perfis que vão de estudantes de graduação até doutores. Os valores das bolsas vão de R$ 900 a R$ 5.850,00.

O edital 35/2024 sobre o mosquito maruim apoiará uma proposta de até R$ 3 milhões, submetida por uma empresa com sede em Santa Catarina, para o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos inovadores para promover o controle sustentável da superpopulação do inseto.

Aedes aegypti

O número de casos prováveis de dengue em Santa Catarina neste ano está 151,18% mais alto em comparação com o mesmo período de 2024, segundo dados do Informe Epidemiológico nº 20/2024, levantamento mais recente divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, com dados até 17 de junho de 2024.

Mais de 44,2 mil focos do mosquito Aedes aegypti já foram localizados em 254 municípios catarinenses. Dos 295 municípios catarinenses, 169 são considerados infestados.

A Fapesc lançou o edital 37/2024, que apoiará com R$ 6 milhões a realização de estudos científicos, tecnológicos ou de inovação voltados ao desenvolvimento de estratégias de controle ao Aedes aegypti, além da prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças veiculadas ao vetor, incluindo medidas de educação continuada em saúde.

Os projetos enviados podem ser em uma ou mais linhas de pesquisa: controle, saúde única e educação. Serão selecionadas propostas de pesquisa de até R$ 1 milhão cada. O edital prevê a contratação de bolsistas com perfis que vão de estudantes de graduação até doutores. Os valores variam entre R$ 900 e R$ 5.850,00.

*Com informações de Milena Nandi

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