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Grupo de moradores tenta evitar construção de empreendimento na Vila Nova, em Blumenau

Comunidade alega que construção de torres terá grande impacto ambiental e de trânsito na região

Um grupo de moradores do bairro Vila Nova está unido para evitar a construção de um empreendimento em um terreno no bairro. Segundo a comunidade, o local escolhido para a edificação trará prejuízos ambientais e até no trânsito da região.

O empreendimento é da empresa Torresani e tem projeto com duas torres de 30 andares nas imediações das ruas Teófilo Otoni e Frei Lucínio Korte.

O grupo de moradores criou páginas nas redes sociais denominadas de “Defesa da Natureza da Vila Nova” e também esteve presente na audiência pública para discutir a construção dos prédios. Eles ainda recolheram 1.817 assinaturas em um abaixo-assinado contrários a construção naquele local.

Comunidade lota audiência pública para discutir construção do empreendimento. Arquivo pessoal

Atualmente, o empreendimento está na parte de aprovação do estudo de impacto de vizinhança (EVI). Aliás, o EVI era pra ter sido votado na última quarta-feira, 4, em reunião do Conselho Municipal de Planejamento Urbano (Coplan).

Porém, por pedido da comunidade, que esteve presente no Salão Nobre da Prefeitura de Blumenau, o Coplan prorrogou por 90 dias a decisão. “O nosso pedido foi esse e foi atendido, então saímos satisfeitos da reunião”, afirmou Frank Norman Hirt, um dos líderes do grupo.

Moradores participam de reunião do Coplan. Jotaan Silva / O Município Blumenau

Impacto ambiental

Para os moradores, o impacto ambiental que o empreendimento irá trazer para a região é o maior problema. Eles citam o desmatamento da área de construção, que hoje é tomada por árvores. Além disso, citam deslizamentos na rua Regente Feijó, que fica nas proximidades de ondem querem construir o prédio.

Construção do empreendimento será na área verde, nos fundos da rua Teófilo Otoní. Imagem: Google Earth

Em relação ao desmatamento, a advogada e procuradora da empresa, Fernanda Torresani, afirma que de acordo com a legislação, naquela área 80% do terreno poderia ser desmatado, porém, o projeto aponta apenas 30%. Além disso, que todos estudos aprofundados relacionados a deslizamentos serão realizados, mas no momento que forem necessários, que é depois da aprovação do EVI.

A advogada também destaca que uma outra situação reclamada que é o possível acumulo de água por em casos de chuva. Segundo Torresani, a construção de uma galeria no empreendimento está no projeto, para evitar que a água da chuva caia totalmente na rua nos momentos de enxurrada.

Trânsito

Como o empreendimento irá trazer muitos moradores para a região, a comunidade também questiona a situação do trânsito, com mais veículos circulando na região. No estudo de impacto de vizinhança, a empresa cogitou ao município a implantação de duas rotatórias, uma em frente a Santa Clara Veículos e outra próxima a Cooper.

 

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