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Guarda Municipal tem surto psicótico após alegar ser perseguido por superiores em Balneário Camboriú

Secretário de Segurança e esposa do oficial apresentaram suas versões sobre o caso

Um guarda municipal de Balneário Camboriú alegou, nesta quarta-feira, 9, ter sido ameaçado pelos seus superiores. A acusação foi informada pela esposa dele, em entrevista à Radio Menina, já que o guarda está afastado.

De acordo com relato da ocorrência, o guarda foi buscar ajuda médica no Pronto Atendimento do bairro da Barra, em BC, mas chegou no local armado e apresentando sinais de um surto psicótico.

Após sua chegada no pronto atendimento, foi solicitado apoio da Polícia Militar e a equipe do Grupo de Operações Preventivas (GOP). Na tentativa de acalmar o agente, o secretário de Segurança de Balneário Camboriú, Gabriel Castanheira, esteve presente no local e apreendeu a arma.

Ainda segundo os relatos, após atendimento médico, o agente foi retirado do local para a segurança dos outros pacientes. O secretário afirma que nenhum dos pacientes do PA teve que ser remanejado ou deslocado.

Secretário se manifesta

Após o ocorrido, o secretário de Segurança de Balneário Camboriú, Gabriel Castanheira, se manifestou. Também em entrevista à Rádio Menina, o secretário disse que, na chegada ao atendimento, o guarda se recusou a se desarmar.

Por esse motivo, o supervisor do agente teve que chegar ao local e chamou pelo secretário. Gabriel e a subcomandante da Guarda Municipal (GM) foram até o local. O guarda fez exames e resistiu ao tomar a medicação indicada pelos médicos.

“Fizemos os exames três vezes para descartar a possibilidade do infarto. A principio, o quadro era de alteração, que pode ser uma crise de ansiedade A junta médica da GM fará as devidas avaliações para que possa seguir num tratamento”, disse o secretário em entrevista à rádio.

Esposa alega o contrário

A esposa do Guarda Municipal, que se identifica como Taís, afirmou em entrevista à Rádio Menina, o contrário do que disse o secretário. Segundo ela, o marido não se recusou a entregar a arma, mas que preferiu ficar com ela por medo da própria supervisora, que já possui histórico de conflito com o oficial.

Ela diz que uma denúncia na corregedoria foi feita no ano passado e que, após feita a denúncia, o marido sofre assédio moral e psicológico por parte da supervisora.

“Ele já vem sofrendo perseguições dentro da instituição, mas é um cara tranquilo e vai guardando tudo para si, mas não aguentou mais. A supervisora responde a crimes de tortura e ameaças realizados dentro da guarda. Crimes estes que já estão correndo no Ministério Público”, afirma Taís.

A esposa diz, também, que os guardas não realizam as denúncias pois a corregedoria não estaria fazendo movimentações para resolver os problemas. Ainda segundo ela, o marido já havia recebido, em outro momento, uma punição de 15 dias após discussão verbal com uma colega de trabalho e afirma que não há uma gestão de integração no comando.

Reprodução

Detalhes

Taís afirma que, após o marido fazer a denúncia na corregedoria, mesmo assim ele não foi trocado de supervisora. Ela  também fez críticas ao atual prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira, que disse não estar sabendo dos problemas que existem na Guarda Municipal.

“Ele precisa saber o que está acontecendo, como que um chefe do Executivo pode dizer que não sabe de nada. Se ele não sabe, não está fazendo seu trabalho direito”, dispara Taís.

Ainda durante entrevista à Rádio Menina, a mulher afirma que a maioria dos atestados médicos pedidos pelos funcionários da GM são de cunho psicológico. “Meu marido teve um princípio de infarto por questões psicológicas”, finaliza Taís.


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