brusquense Alisson Grilo foi um dos artistas selecionados pela Vivemos Arte para a exposição de arte em Paris, no Salão Internacional de Arte Contemporânea-Carrousel du Louvre em 2022. O convite deve divulgar ainda mais as pinturas que já encantam a população de Rio do Sul e de todo o estado há alguns anos.

Ele conta que sempre pintou mandalas e telas, mas o trabalho foi intensificado na pandemia e acabou chegando a uma curadora.

“E nos últimos tempos tenho me dedicado ainda mais às telas. E trouxe essa proposta de alguns estudos que venho fazendo. E sempre posto nas redes sociais no meu perfil artístico e por meio dessa postagem uma assessora artística, a Lisandra Miguel, fez um convite para eu participar de uma curadoria com mais artistas. E fui selecionado”.

O convite para a seleção aconteceu depois dele compartilhar uma obra chamada “Vital” que retrata uma gestante e tem como pano de fundo uma mandala.

“Essa obra tem a proposta de trazer a figura feminina, de mãe, e sempre falo que mãe que é aquela que abre caminhos e essa tela abriu caminhos para que mais pessoas pudessem conhecer a minha arte”, afirma.

Alisson conta que está muito feliz de participar dessa exposição que vai acontecer no Museu do Louvre em outubro do ano que vem.

A exposição

“Será no Le Carrousel que é um espaço onde haverá obras de diversos artistas. Junto com esse convite para a exposição, também farei parte do livro Vivemos Arte. Nesta edição, contarão a minha biografia e fotos de algumas obras que estarão na exposição e depois será distribuído no Brasil”, disse.

O artista relata que vem estudando muito nos últimos tempos e trabalha a arte figurativa. “É uma linha de estudo que me conectei muito mais. Trago a ideia dos ciclos. Que é aquela proposta das mandalas que agora estão em segundo plano”, completa.

Até a exposição em Paris, Alisson também deve realizar exposições em Rio do Sul, mas a data ainda não foi definida, e o cronograma deve ser divulgado em breve nas redes sociais do artista.

Conheça mais sobre o artista

Natural de Brusque, Alisson demonstrou, logo cedo, seu gosto pelo desenho, pela pintura e pelas aulas de artes da escola. No entanto, foi apenas em 2014, após um convite para expor seus trabalhos na Fundação Cultural de Brusque, que ele se afirmou como artista. E incorporou o apelido “Grilo”, dado por seu pai, à sua assinatura.

Alisson não possui uma referência artística direta em sua família. Seus pais deram todo o apoio que puderam, dentro do que estava ao seu alcance. Com 16 anos, Alisson saiu da casa dos pais, para estudar no seminário de Rio Negrinho.

Em 2013, retornou para Brusque, voltando-se finalmente ao estudo das artes. Em 2017, mudou-se para Rio do Sul onde reside, leciona e exerce seu ofício como artista plástico.

A intuição e o sensível marcam seu processo criativo. Num traço sem correção, sem borracha, sem compromisso, mas cheio de amor e sentimento. Não há preocupação com o realismo. E sim, uma conexão com o figurativo, místico, surreal e, por vezes, inconsciente.

As cores seguem em explosão, com contrastes evidentes, em referência expressionista. O observador é convidado a experimentar. É convidado a viajar e sentir as mais diferentes emoções, através da energia das cores e das histórias contadas por cada figura. Que ora são “personas”, ora objetos. Há também as mandalas, representantes dos ciclos, da vida, do movimento, do início e do infinito.