Recentemente o ídolo mundial do cinema Bruce Willis foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT). De acordo com a neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel, de Blumenau, DFT é uma diminuição lenta e progressiva da função mental.

De acordo com os estudos do Instituto Nacional do Envelhecimento dos Estados Unidos, as pessoas com DFT, em média, vivem de seis a oito anos com essa condição, podendo apresentar sintomas que afetam o pensamento, a memória, o juízo e a capacidade do indivíduo em aprender coisas novas do seu cotidiano.

Entenda o que é demência frontotemporal, doença que afeta o ator Bruce Willis. Reprodução/Internet

A pesquisa ainda revela que entre 10% e 30% dos casos de DFT são hereditários.

“Geralmente aparece em seus portadores entre os 45 e 64 anos de idade, tendo início de forma lenta e em caráter progressivo. Além da genética, não há outros fatores de risco conhecidos. A DFT afeta mais a personalidade, o comportamento e a função da linguagem, diferente da Doença de Alzheimer, que se caracteriza por afetar inicialmente mais a memória”, explica a neurocirurgiã.

Diagnóstico e tratamento da demência frontotemporal 

Como o número de idosos aumenta na maioria dos países, inclusive no Brasil, a demência frontotemporal está se tornando mais frequente.

Danielle relata que o diagnóstico é predominantemente clínico e leva em conta as alterações de comportamento e personalidade do idoso.

“São realizados exames de tomografia e ressonância para determinar quais as partes e quanto o cérebro está afetado”, informa.

Já em relação ao tratamento da doença, a neurocirurgiã explica que se baseia em medidas de apoio ao paciente e controle dos sintomas.

“O tratamento quase sempre é de suporte ao paciente, ou seja, estímulo diário em um ambiente deve seguro e familiar, reforçando a noção de orientação do paciente. Os sintomas são tratados conforme necessário, com apoio de fonoaudiólogos, terapeutas e fisioterapeutas. O papel da família também é importante para estimular a prática de exercícios físicos, acompanhada de uma boa alimentação”, conclui a neurocirurgiã.