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Público masculino impulsiona aumento na venda de perfumes importados no país

Se o mercado de beleza sempre teve a mulher como principal público-alvo, de alguns anos para cá, os homens passaram a contribuir relevantemente para a musculatura da receita da indústria.

Uma pesquisa de 2016, do SPC Brasil, já apontava que para 61,9% dos homens brasileiros, cuidar da beleza era uma necessidade e não mais uma questão de luxo.

Público masculino impulsiona aumento na venda de perfumes importados no país. Reprodução/Internet

Um dos setores que mais cresce é o de perfumaria, mais especificamente de fragrâncias – inclusive, segundo a ADIPEC – Associação dos Distribuidores e Importadores de Perfumes, Cosméticos e Similares, perfume é, ao lado de xampu, o item mais vendido para homens no país.

Ao olhar para essa categoria, os produtos importados têm conquistado cada vez mais território no Brasil.

De acordo com o painel de mensuração regular do setor de Beleza, monitorado pela NPD Group, empresa de inteligência de mercado, a categoria de fragrâncias masculinas importadas foi a que mais cresceu em faturamento no primeiro semestre de 2022, se comparado com o mesmo período de 2019.

Apesar de também apresentar um crescimento expressivo em unidades vendidas, o que mais impulsionou esse desempenho foi a alta dos preços dos produtos e o aumento da venda dos biz sizes (frascos maiores), este último sendo reflexo de uma maior fidelização à marca e às fragrâncias por parte do consumidor masculino.

Presença no país

As marcas importadas com presença no Brasil apresentam diversidade em blend de aromas, desde os clássicos até os mais modernos e vibrantes, e também valores agregados como, algumas delas, que utilizam ingredientes 100% naturais, por exemplo.

Para Felipe Martins, gerente de contas do NPD Group, o movimento de compra dos importados no país, pode estar relacionado também ao baixo índice de compra dos brasileiros no exterior.

“Ainda estamos em momento de recuperação econômica e um dos reflexos do fôlego que está sendo tomado em decorrência da pandemia, são os gastos do brasileiro em viagens, que ainda está 32% abaixo dos níveis de 2019, considerando o 1º semestre de 2022”, afirma.