Em 2020, plena pandemia, o segmento de cuidados pessoais, perfumaria e cosméticos saltou 5,8% – totalmente na contramão do que o mercado como um todo vinha encarando.

O sucesso tem explicação: o consumidor brasileiro considera que produtos e serviços de estética são essenciais para o seu bem-estar. Essa preferência popular faz com que o setor de estética no Brasil seja o terceiro maior do mundo, atrás apenas de EUA e China.

Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética (SBOE), o Brasil ocupa o 2º lugar no ranking mundial dos que mais investem em estética dental, ficando atrás somente dos Estados Unidos.

Sorrisos naturais são exigências de pacientes para 2023. Divulgação

Dito isso, a Odontologia Digital aprimora cada vez mais tratamentos que antes demoravam semanas ou meses para serem concluídos.

Atualmente, uma exigência dos pacientes é que as coroas dentárias sejam naturais, aperfeiçoando a aparência da arcada do paciente, alinhando os dentes no arco e apresentando o formato ideal.

“Há mais de 30 anos atrás, só havia no mercado opções de coroas metalocerâmicas e metaloplásticas para o restabelecimento estético-funcional de dentes que necessitasse de uma reconstrução mais extensa. Atualmente, as coroas livres de metal ganharam m espaço considerável no mercado visto a sua ótima biocompatibilidade, estética,  propriedades físicas e mecânicas adequadas”, explica o professor Dr. Alfredo Mesquita.

A coroa dentária é um tipo de prótese, onde se cobre o dente por completo. Para realizar esse procedimento, o dente deve ser preparado para servir como base para a futura coroa. Ela é feita de um material confeccionado de modo a suprir a falta de dentes na boca do paciente, colocada para tapar inteiramente ou apenas uma parcela do dente danificado.

“A odontologia digital promove maior agilidade para o tratamento com coroas, principalmente as de cerâmica, visto que todo o planejamento pode ser feita em fluxo digital, por meio de escaneamento ao invés de moldagem, desenho na coroa com software CAD e confecção da coroa por uma fresadora, tudo de maneira rápida, com previsibilidade e 3D”, destaca o professor Dr. Alfredo Mesquita.

Os principais tipos de coroas são:

  1. Metalocerâmica

A estrutura interior é composta por liga metálica, que dá resistência e é revestida por cerâmica, que dá a estética. Elas são muito resistentes à ação da mastigação.

Desse modo, quando a porcelana é consolidada ao metal, possibilita uma restauração mais forte e sólida para a segurança do paciente. Nesse procedimento, o dentista remove apenas uma quantidade moderada da estrutura do dente. Por isso, as coroas metalocerâmicas acabam sendo bem firmes e duráveis. Porém apresentam menos estética, com aparência mais opaca que as livres de metal.

  1. Porcelana livres de metal

Esses materiais, quando bem aplicados, aparentam melhor as propriedades dos dentes naturais, oferecendo mais naturalidade como melhora de textura, estabilidade da cor, menor acúmulo de sujeira e maior resistência ao desgaste.

“Apesar de ser mais cara, no fim, o resultado fica esteticamente excelente, com menor tempo de tratamento e durabilidade semelhante que as coroas de metalocerâmicas”, enfatiza o Prof.Dr. Alfredo Mesquita.

  1. Em resina acrílica 

Podem ser utilizadas de forma temporária. A qualidade do material acrílico não é tão vigorosa e a sua tendência é de se desgastar e escurecer com o passar do tempo. Essas coroas são bem mais acessíveis em termos de condições financeiras.

  1. Em ouro

São constituídas de ouro e demais ligas metálicas em menor quantidade. As ligas de ouro não prejudicam os dentes opostos, com os quais entram em contato, e são resistentes ao desgaste e à fratura. Esse material é biologicamente adaptável ao tecido gengival, tendo uma excelente adequação à margem da restauração. Tem como grande desvantagem, a cor metálica que atrapalha a estética do dente, além do alto custo.