Em 2020, plena pandemia, o segmento de cuidados pessoais, perfumaria e cosméticos saltou 5,8% – totalmente na contramão do que o mercado como um todo vinha encarando.
O sucesso tem explicação: o consumidor brasileiro considera que produtos e serviços de estética são essenciais para o seu bem-estar. Essa preferência popular faz com que o setor de estética no Brasil seja o terceiro maior do mundo, atrás apenas de EUA e China.
Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética (SBOE), o Brasil ocupa o 2º lugar no ranking mundial dos que mais investem em estética dental, ficando atrás somente dos Estados Unidos.
Dito isso, a Odontologia Digital aprimora cada vez mais tratamentos que antes demoravam semanas ou meses para serem concluídos.
Atualmente, uma exigência dos pacientes é que as coroas dentárias sejam naturais, aperfeiçoando a aparência da arcada do paciente, alinhando os dentes no arco e apresentando o formato ideal.
“Há mais de 30 anos atrás, só havia no mercado opções de coroas metalocerâmicas e metaloplásticas para o restabelecimento estético-funcional de dentes que necessitasse de uma reconstrução mais extensa. Atualmente, as coroas livres de metal ganharam m espaço considerável no mercado visto a sua ótima biocompatibilidade, estética, propriedades físicas e mecânicas adequadas”, explica o professor Dr. Alfredo Mesquita.
A coroa dentária é um tipo de prótese, onde se cobre o dente por completo. Para realizar esse procedimento, o dente deve ser preparado para servir como base para a futura coroa. Ela é feita de um material confeccionado de modo a suprir a falta de dentes na boca do paciente, colocada para tapar inteiramente ou apenas uma parcela do dente danificado.
“A odontologia digital promove maior agilidade para o tratamento com coroas, principalmente as de cerâmica, visto que todo o planejamento pode ser feita em fluxo digital, por meio de escaneamento ao invés de moldagem, desenho na coroa com software CAD e confecção da coroa por uma fresadora, tudo de maneira rápida, com previsibilidade e 3D”, destaca o professor Dr. Alfredo Mesquita.
Os principais tipos de coroas são:
- Metalocerâmica
A estrutura interior é composta por liga metálica, que dá resistência e é revestida por cerâmica, que dá a estética. Elas são muito resistentes à ação da mastigação.
Desse modo, quando a porcelana é consolidada ao metal, possibilita uma restauração mais forte e sólida para a segurança do paciente. Nesse procedimento, o dentista remove apenas uma quantidade moderada da estrutura do dente. Por isso, as coroas metalocerâmicas acabam sendo bem firmes e duráveis. Porém apresentam menos estética, com aparência mais opaca que as livres de metal.
- Porcelana livres de metal
Esses materiais, quando bem aplicados, aparentam melhor as propriedades dos dentes naturais, oferecendo mais naturalidade como melhora de textura, estabilidade da cor, menor acúmulo de sujeira e maior resistência ao desgaste.
“Apesar de ser mais cara, no fim, o resultado fica esteticamente excelente, com menor tempo de tratamento e durabilidade semelhante que as coroas de metalocerâmicas”, enfatiza o Prof.Dr. Alfredo Mesquita.
- Em resina acrílica
Podem ser utilizadas de forma temporária. A qualidade do material acrílico não é tão vigorosa e a sua tendência é de se desgastar e escurecer com o passar do tempo. Essas coroas são bem mais acessíveis em termos de condições financeiras.
- Em ouro
São constituídas de ouro e demais ligas metálicas em menor quantidade. As ligas de ouro não prejudicam os dentes opostos, com os quais entram em contato, e são resistentes ao desgaste e à fratura. Esse material é biologicamente adaptável ao tecido gengival, tendo uma excelente adequação à margem da restauração. Tem como grande desvantagem, a cor metálica que atrapalha a estética do dente, além do alto custo.