Hobby de ferreomodelismo ainda se mantém no estado, apesar do desuso gradativo dos trens

Passatempo envolve colecionar e fazer trens elétricos em miniatura

Em época de quarentena, enquanto algumas pessoas trabalham em esquema home office, uma boa parcela da população fica impossibilitada de atuar desta forma em razão da própria essência profissional. Para aproveitar o tempo ocioso neste período, muitos têm aderido a atividades prazerosas e reativado antigos hobbies, como o ferreomodelismo.

Arquivo Frateschi / Divulgação

O trem elétrico é uma excelente opção para quem está na quarentena, procurando algo para entreter a mente e passar o tempo. É um hobby saudável, desestressa e ajuda neste momento tão delicado pelo qual todos estão passando.

O ferreomodelismo é um dos hobbies mais antigos do mundo. Tem ganhado adeptos pelo Brasil e se popularizado entre os amantes de trens. Sua origem remonta ao período em que o transporte ferroviário foi adotado massivamente. As primeiras miniaturas de trens foram fabricadas por volta de 1830, por artesãos alemães. Mesmo com o desuso crescente das ferrovias para transporte de passageiros, a paixão de algumas pessoas por este hobby se mantém.

Em Blumenau, o representante comercial Randolf Grassmann, 53 anos, tem aproveitado o tempo que passa em casa para fomentar o hobby do ferreomodelismo.

“Eu já tinha em mente o projeto de construir uma maquete antes da quarentena, pois este meu fascínio pelos trens vem desde os 12 anos, quando ganhei um movido a pilha. Com o tempo, parti para os trens elétricos e, hoje, comprei vários vagões, locomotivas e acessórios para iniciar minha maquete. Tenho até o espaço reservado em casa”, conta.

Seu pai e seu avô tinham uma marcenaria e construíram trens de madeira para ele. “Meu filho também sempre esteve envolvido com este hobby, e mexemos nele semanalmente. Quero criar um canal no YouTube para postar passo a passo a construção de minha maquete e encontrar mais pessoas da região que gostem do ferreomodelismo”, conclui.

Arquivo Frateschi / Divulgação

Em Pomerode, o eletricista industrial Rafael Eilers, 38 anos, iniciou-se neste hobby há dois anos.

“Sempre quis ter um trem elétrico, desde criança, mas nunca ganhei. Agora que tenho um filho, ele sempre me pedia de presente de Natal, então resolvi unir o útil ao agradável e comprei um para nós dois. Tenho uma locomotiva a vapor, dois vagões de passageiros e um de carga, um porta-contêiner duplo, uma gôndola aberta e duas plataformas. Não herdei a paixão de ninguém, mas já estou passando-a para meu filho”, conta.

Arquivo Frateschi / Divulgação

“Em tempos como estes, em que as famílias têm ficado em casa, é preciso arrumar algum hobby para distrair a mente. As pessoas pensam que o transporte ferroviário morreu, mas ele está vivo e em expansão. A ferrovia é de valor estratégico imprescindível para um país como o Brasil, e este crescimento ajuda a fomentar ainda a mais a paixão que muitos brasileiros têm pelos trens, sendo que muitos passam o hobby do ferreomodelismo para as futuras gerações”, diz Lucas Frateschi, diretor da Frateschi Trens Elétricos.


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