Polícia prende suspeito de estuprar menina de oito anos, em Blumenau

Ele teria oferecido lanches e guloseimas para atrair a criança até a casa dele

A Polícia Civil de Blumenau prendeu nesta sexta-feira, 11, um homem de 37 anos suspeito de estuprar uma menina de oito anos. Ele seria proprietário de uma lanchonete no bairro Itoupava Central e teria atraído a criança até o quarto dele, que fica nos fundos, oferecendo lanches e guloseimas.

O caso chegou à Delegacia de Proteção à Mulher, à Criança e ao Adolescente no segundo semestre de 2018. Uma professora da menina fez a denúncia após ouvir um relato dela sobre os abusos. Ela mora em um condomínio próximo ao estabelecimento do suspeito.

“A professora fez a abordagem correta, que é procurar imediatamente a delegacia sem fazer muita entrevista com a menina, para não gerar falsas memórias. Na delegacia, a criança foi submetida a acompanhamento psicológico e a toda a abordagem técnica necessária. Todos os indícios colhidos atestaram que ela foi submetida a atos de violência sexual”, afirmou Sarraf.

De acordo com o delegado, a menina teria sido obrigada a fazer sexo oral com o suspeito. Os abusos teriam ocorrido mais de uma vez. Conforme Sarraf, a vítima teria mencionado que outras crianças foram atraídas pelo homem, mas os casos só serão investigados a partir da prisão dele. Havia o temor de ele que percebesse o trabalho da polícia e fugisse.

Com a prisão temporária do suspeito por 30 dias, Sarraf acredita que mais casos devem chegar à delegacia. O nome do homem não foi divulgado, uma vez que o caso está em investigação e poderia pôr em risco a família dele.

A reportagem acompanhou o momento da prisão do suspeito, no fim da tarde de sexta. No local estava um irmão dele, que foi pego de surpresa pela ação da polícia.

“Nunca vi ninguém aqui dentro (da casa dele). Não posso falar fora daqui e outros lugares. Eu acho que ele não fez isso. Se tiver provas lá na frente, o que eu vou te dizer? A gente é irmão, mas não conhece a vida total da pessoa”, afirmou.

Educação sexual

O delegado Sarraf orientou comunidade escolar e pais a conversarem com os filhos sobre os limites da convivência com adultos. Segundo ele, a melhor ferramenta de prevenção é a educação sexual.

“Nossa experiência mostra que o principal combate à pedofilia é via educação sexual. Deixar a criança ciente do que um adulto pode e do que não pode fazer com ela. Tanto na escola quanto em casa. Assim ela vai sentir confiança de falar quando acontecer alguma coisa”, afirmou.

 

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