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Homenagem à cicloviajante venezuelana morta no Brasil acontece em Blumenau nesta sexta-feira

Julieta Hernández foi morta no Amazonas

Ciclistas de Blumenau e de outras cidades do Brasil se preparam para pedalar, nesta sexta-feira, 12, em homenagem a ciclista e artista circense venezuelana Julieta Hernández. Palhaça Miss Jujuba, como era conhecida. Ela foi assassinada em Presidente Figueiredo, no Amazonas. O corpo dela foi encontrado no dia 5 de janeiro.

Entenda o caso

Julieta estava no Brasil há oito anos e fazia parte do grupo Pé Vermei, formado por artistas e cicloviajantes. O último trajeto partiu do Rio de Janeiro e seguia para a Venezuela, onde pretendia reencontrar a família para passar o fim de ano. Entretanto, desde que chegou em Presidente Figueiredo, em 23 de dezembro, deixou de se comunicar com os colegas e o sinal de alerta foi aceso.

Julieta foi roubada por um casal, que a estuprou, matou e a enterrou. Ela estava na pousada que o casal era proprietário, sendo enterrada em uma cova rasa no terreno. Os autores confessaram o crime para a polícia e foram presos em flagrante.

A chegada do corpo de Julieta Hernández à Venezuela também será nesta sexta-feira. Ela será velada na cidade de Porto Ordaz.

Passeata

A passeata desta sexta-feira sairá pelas ruas de Blumenau a partir das 20h, mas antes haverá um debate sobre a violência contra mulheres e estatísticas sobre estupro e feminicídio na região. Em Blumenau, no ano de 2022 foram registrados 900 pedidos de medida protetiva e em Santa Catarina foram registrados 52 feminicídios em 2023.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 apresentou dados sobre estupro no estado, que passaram de 1,2 mil ocorrências no primeiro semestre de 2022 para 2.088 ocorrências em 2023. No caso de crianças e adolescentes, são 500 casos de violência sexual todos os meses em Santa Catarina.

“Há poucas semanas acompanhamos um caso de estupro durante o dia no Centro de Blumenau e também o júri do assassino de Jéssica Ballock e seu bebê. Mas são inúmeros casos que nos cercam e revoltam: Elfy Eggert, Bianca Waccholz, Daiane dos Santos da Silva, Bernadete Libardo, Tamara Regina Pereira, Mariana Zaibra da Silva, Marise Mette dos Santos, mãe e filha Inês do Amaral e Franciele Will. Quantos nomes é preciso citar para compreender a importância de falar sobre algo que precisa ser erradicado?” ressalta Anna Coirolo, Coordenadora de Comunicação da Associação Blumenauense Pró-Ciclovias (ABC).


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