Idoso é preso por abusar de neta de 12 anos em Gaspar
Homem foi condenado a 20 anos de reclusão
O Ministério Público divulgou nesta segunda-feira, 17, uma condenação feita a um idoso, 80, pelo estupro da neta, de 12, em Gaspar.
O homem foi condenado a 20 anos de reclusão, tempo aumentado pelo homem se aproveitar da confiança da família, que a deixava em casa a cuidados dele enquanto os pais saíam para trabalhar.
Por ter mais de 80 anos, o homem poderá recorrer em liberdade e ficará em prisão domiciliar, porém, sob monitoramento eletrônico.
Casos recorrentes
A Promotora de Justiça explica que este caso de Gaspar é um exemplo de violência sexual recorrente dentro de casa e, por isso, precisa da atenção dos familiares aos comportamentos da criança.
“É fundamental que a família fique atenta a eventuais mudanças de comportamento nas crianças, mantenha um diálogo ativo e, em caso de notícia de abuso, busque as autoridades, ainda que o suspeito seja visto como alguém confiável no seio familiar. No caso, o avô era visto como inofensivo, mas a instrução processual demonstrou que, de fato, ele foi responsável por inúmeros estupros da neta, que ocorreram enquanto ela tinha 12 anos. A condenação nesse caso é um exemplo pedagógico para o combate a esse tipo de crime e serve também como um alerta à sociedade e às famílias”, reforça a Promotora.
O Ministério Público de Santa Catarina ainda divulgou que busca conscientizar e orientasr a população para combater a violência e exploração infantil. “O abuso e a exploração sexual infantil são muito mais frequentes do que se pode imaginar”, divulga o MPSC.
As ações de conscientização vem através de campanhas. O MPSC ainda divulgou que estes casos vem aumentando, por conta das famílias estarem mais tempo dentro de casa, deixando crianças e adolescentes presas a um convívio familiar.
Esse isolamento dos jovens dificulta a busca de ajuda em redes de apoio, como professores, profissionais da educação e adultos de confiança.
Segundo dados levantados pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, 73% dos casos de violência sexual ocorrem na casa da vítima ou do suspeito. Os dados mostram que o agressor, na maioria das vezes, tem proximidade e fácil acesso à vítima.