Impasses travam eleição para a presidência da Câmara de Blumenau
Novo presidente vai comandar a Casa por dois anos
A sessão da Câmara de Vereadores de Blumenau está suspensa desde 15h30 à espera da montagem das chapas que vão disputar a eleição da Mesa Diretora. O presidente em exercício, Almir Vieira (PP), anunciou um período de 30 minutos de intervalo para que a eleição fosse organizada, e depois não mais conseguiu retomá-la.
Até 16h50, ninguém arriscava palpite sobre o resultado da disputa. Nem mesmo a realização da eleição nesta quinta-feira está assegurada.
A votação foi marcada para terça por convocação de Almir Vieira, que preside a Câmara interinamente. Ele assumiu a cadeira de Marcos da Rosa (DEM), que por sua vez substitui o prefeito Mário Hildebrandt (PSB), que está em férias. O movimento provocou surpresa e sugeriu que Vieira tinha os votos para vencer a disputa.
Alexandre Matias (PSDB) apresentava-se como único adversário de Vieira. Na noite de terça, Bruno Cunha (PSB) anunciou candidatura.
As negociações para montagem de chapas não pararam nem mesmo durante a sessão. Primeiro, os vereadores se reuniram numa sala fechada para discutir os preparativos. A conversa foi tensa. Bruno Cunha saiu da sala dizendo:
“É o Sylvio (Zimmermann) que vai decidir a eleição. Se ele vier com a gente, a gente ganha”, afirmou.
Dali em diante, as negociações se estenderam. Os parlamentares deixaram o plenário sem dar explicações ao público, que tomava as galerias.
Impasses
A tarde foi marcada por impasses. Primeiro, os vereadores discutiram se a presença de um vereador numa chapa para a Mesa Diretora dependeria da indicação do líder do partido. Por isso, Sylvio Zimmermann (PSDB) foi substituído por Jens Mantau (PSDB) na liderança do bloco DEM-PSDB.
Assim, abriu-se caminho para que Sylvio migrasse do grupo de Almir Vieira para o liderado por Bruno Cunha.
Depois, a direção da Casa teria impedido o registro da chapa de Cunha porque seria inscrita minutos depois dos 30 minutos de intervalo. Foi quando o plenário foi esvaziado pelo grupo adversário de Vieira. Sem os sete votos deste grupo, não haveria quórum para realizar a votação.