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“Indescritível”: indaialense comenta experiência no monte Everest

Morador de Dubai esteve no campo base da montanha na última semana

O indaialense Rogério Danker Filho comemorou o aniversário de 36 anos no último domingo, 11, de um jeito diferente: uma escalada até o campo base do monte Everest. Morador de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, desde 2016, ele sempre foi apaixonado por viajar e por aventuras como essa.

Arquivo pessoal

Porém, se engana quem pensa que a viagem foi rápida por não chegar ao topo da montanha mais alta do planeta. De Lukla, cidade no Nepal, até o campo base, foram 14 dias de caminhada e escalada.

Arquivo pessoal

“A caminhada já começa a cerca de 2.850 metros de altitude. Até chegar no campo base são 8.500 metros. A altitude é bastante desafiadora porque a falta de oxigênio é bastante significativa. O frio extremo, principalmente às noites e em dias nublados, também aumenta o desafio”, explica.

No ano passado, a escolha foi ainda mais desafiadora: subir o monte Kilimanjaro. Entretanto, a escalada até o topo do Everest ficará para o futuro, já que demanda ainda mais dinheiro, preparo físico e riscos.

Arquivo pessoal

Preparação

O indaialense foi parar nos Emirados Árabes Unidos por conta do emprego na BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão. Com presença forte no país e na Arábia Saudita, o engenheiro acabou se mudando para o Oriente Médio.

Para dar conta das escaladas, ele pratica treinos específicos voltados para os desafios. Rogério pula corda todos os dias e evita elevadores. Antes da viagem ele também se condicionou a subir 40 andares em escada e caminhar por muitas horas.

“Devido ao calor em Dubai eu acabei caminhando muito dentro dos shoppings, cerca de 5 horas seguidas”, detalha.

Desafios na montanha

Durante as duas semanas de caminhada, o vale acompanha diversas subidas e descidas. Entre as principais diferenças de altura, os grupos têm paradas para aclimatação – ou seja, para o organismo se adaptar às mudanças.

Arquivo pessoal

“As noites eram bastante geladas. A temperatura geralmente ficava entre 0 e 5 graus nos quartos. Mas foi tudo maravilhoso, o povo nepalense é muito hospitaleiro. O visual da subida foi sensacional. Pegamos um dia de lua cheia e as montanhas do Himalia pareciam florescentes. Algo inexplicavelmente bonito”, celebra.

Arquivo pessoal

Entretanto, durante a descida, um dos integrantes do grupo sofreu com a altitude. Com um frio fora do comum e batimentos cardíacos acelerados, ele mal conseguiu dormir e teve dificuldade em andar os 15 quilômetros montanha abaixo.

“Acreditamos que a situação ia melhorar, mas não foi o que aconteceu. Os guias acionaram suporte via cilindro de oxigênio e aí sim ele se recuperou. Devido a esse incidente, decidimos voltar os últimos metros de helicóptero”, relata.

Arquivo pessoal

“Indescritível”

Rogério conta que a sensação na chegada é indescritível. “A conquista, a natureza e as amizades no caminho deixaram saudades”, diz. Apesar do monte Everest ser o foco da viagem, para ele o melhor momento foi outro.

“Conhecemos um guia brasileiro que nos abriu as portas de uma estação de pesquisa. Conseguimos entrar nas instalações e ter 40 minutos de uma explicação profunda de como funciona a estação de pesquisa Pyramid. Como engenheiro, para mim foi o auge da escalada”, comemora.

Arquivo pessoal

Grato pela experiência, Rogério já começou planos para a próxima. Em 2023, pretende voltar à América do Sul e visitar a Cordilheira dos Andes, na Argentina, para subir a montanha Aconcágua, a mais alta fora da Ásia.

“Escalar montanhas é cheio de surpresas e aprendizados e gosto bastante disso. Gosto da determinação, tempo, preparo e resiliência necessários. Em Dubai sinto falta da natureza e isso acaba me motivando a viajar”, explica Rogério.

Arquivo pessoal

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