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Inflação de Blumenau fecha 2017 em 4,9%, bem acima do índice nacional

Preços subiram 0,29% em dezembro, segundo pesquisadores da Furb

Ao longo de 2017, os preços pagos pelos moradores de Blumenau aumentaram +4,90%, é o que aponta o Índice de Variação Geral de Preços, um levantamento feito mensalmente pelo departamento de economia da Furb. O valor registrado na cidade é alto levando em conta a inflação nacional (IPCA), que fechou o ano em +2,95%.

No entanto, a comparação com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo não pode ser levada tão ao pé da letra, pois não significa que a inflação tenha sido mais árdua em Blumenau do que no resto do país.

“Nós temos diferenças na metodologia entre o IVPG (Blumenau) e IPCA (nacional), pesos diferentes para alguns itens. A nossa economia regional tem variações de preços diferentes do que as regiões metropolitanas, que servem para o cálculo do IPCA. O fator determinante para essa diferença não tem como definir”, explica o mestre em economia e professor da Furb, Bruno Tomio.

A variação dos preços de Blumenau no mês de dezembro ficou dentro do intervalo esperado (+0,28%), visto que a expectativa era uma variação entre +0,10% e +0,60%. Os 580 itens pesquisados foram organizados em 25 subgrupos e as variações apresentaram a seguinte distribuição: 9 subgrupos registraram alta, 13 subgrupos permaneceram estáveis e 3 variaram negativamente.

Altas de destaque no mês: utensílios para o lar (+2,54%), combustível (+1,54%) e produtos de higiêne (+1,29%).

Baixas de destaque no mês: alimentos in-natura (-1,15%), materiais de escritório (-0,31%) e alimentos semi-industrializados (-0,26%).

Bruno informa que, em comparação com 2016, quando Blumenau fechou o ano com média de variação de preços superior a 7%, o ano de 2017 foi bastante positivo, e que o IVGP, calculado pela Furb, serve justamente para dar uma base de informação econômica.

“O IVGP realmente demonstra o quanto variam os preços na nossa região. Indica quais são os setores mais influentes da nossa cidade, o que reflete na situação de empregos. Demonstra o quanto a cidade teria que aumentar os salários para manter o poder de compra”, afirma.

Para o 2º semestre de 2017, foram estabelecidos os seguintes cenários, considerando a variação acumulada nos últimos 12 meses:

A taxa mensal equivalente ao acumulado dos últimos 6 meses aumentou para 0,10%/mês. A taxa mensal equivalente ao acumulado nos 12 meses permaneceu 0,40%. Portanto, a inflação acumulada nos 12 meses, até dezembro de 2017 configurou próximo do cenário realista, isto é, +4,91%.