Mais de 16,5 mil candidatos se inscreveram para o Revalida 2020, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo processo seletivo. O número é 114% maior que o número de candidatos registrados na última edição do exame.
O Revalida não é feito desde 2017, embora a legislação em vigor preveja o exame a cada seis meses. A última edição realizada teve 7.380 inscritos, dos quais 393 foram aprovados. A edição de 2020 conta com 16.547 candidatos inscritos.
Dos profissionais de Medicina que vão participar da edição deste ano, 51,8% (8.016) são mulheres e 48,2% (7.466) são homens. O Inep registrou, ainda, médicos de 57 nacionalidades, dentre os quais estão brasileiros (10.720), cubanos (2.700) e bolivianos (980) correspondentes às três nacionalidades com mais inscritos.
Por outro lado, foi confirmada a inscrição de profissionais com diplomas originados por 63 países distintos. Bolívia (7.154), Cuba (3.928) e Paraguai (2.400) deram origem à maioria dos certificados.
O exame teórico será aplicado em 6 de dezembro, em 13 capitais e no Distrito Federal. A prova teórica é dividida em duas partes aplicadas no mesmo dia. Pela manhã, devem ser resolvidos 100 itens objetivos. Na parte da tarde, os participantes precisam responder cinco questões discursivas.
A segunda etapa é uma avaliação prática, baseada em 10 entrevistas (anamneses) para diagnóstico inicial de doenças em atores que se passam por pacientes.
Revalida
O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) é destinado aos brasileiros ou estrangeiros que tenham conquistado o diploma de Medicina em uma universidade do exterior e desejam atuar no Brasil.
Assim, a prova é aplicada para verificar se o profissional formado no exterior tem conhecimentos equivalentes ao graduado no Brasil e, caso o candidato seja aprovado, o exame legaliza a atuação em território nacional.