Dentre todo o currículo escolar da Barão Internacional, o aprendizado dos estudantes vai além do idioma e da grade tradicional do ensino fundamental. A disciplina de Social-emotional Learning (SEL), que poderia ser traduzida como educação socioemocional, ensina as crianças a aprendem a lidar com as próprias emoções.

Denise Voltolini, coordenadora do programa, ressalta as inúmeras pesquisas comprovando a importância da inteligência emocional para a vida pessoal e profissional dos estudantes. “Essas crianças passam o dia todo na escola. Elas chegam de manhã e saem apenas no final do dia. Temos a responsabilidade de acolher e cuidar desses estudantes durante o período que estão aqui. Precisamos formar um cidadão integral, pensando além do cognitivo.”.

“Nas aulas a gente assiste muitos vídeos sobre Social Emotional Learning, a gente aprende sobre empatia e curiosidades sobre os nossos sentimentos. Teve até um dia que a gente assistiu uma parte do filme “Divertida Mente” e nós conversamos sobre alegria, tristeza, raiva… e nós também já tivemos várias aulas de meditação e yoga. A aula de Social Emotional Learning é uma das minhas preferidas”, diz Marina Juenge Graf – Grade 3.1

Apesar de ser citada na Base Nacional Comum Curricular desde 2017, a inteligência socioemocional nem sempre tem um momento dedicado apenas para ela. Na Barão Internacional, os estudantes têm um espaço para falar sobre as emoções, meditar, respirar e aprender a respeitar os colegas. Tudo isso enquanto exercitam o idioma inglês.

“Eu gosto bastante das aulas de Social Emotional porque é uma aula mais calma, não é tão agitada que nem outras. Tem alguns alunos que são mais bagunceiros, então nessa aula a gente faz uns exercícios legais. Aula passada a gente falou sobre bullying, como isso pode deixar nosso colega triste e como a gente tem que se comportar se sofrer algum tipo de bullying, porque se alguém fizer bullying comigo, eu tento não dar bola pra isso, mas se for algo mais grave, eu preciso conversar com meus pais. A gente também fez uma flor pra alguém que a gente gosta muito da turma, ou pra pedir desculpas ou pra agradecer e elogiar, e depois entregamos o desenho, foi bem legal”, destaca Augusto Soares Lopes – Grade 4.2

“Se olharmos o mercado de trabalho atual, ouvimos falar muito sobre as soft skills. A inteligência emocional é a principal delas. Os estudantes precisam saber trabalhar em equipe, receber um feedback e respeitar os outros. Unimos práticas pedagógicas desenvolvidas em outros países para nossas aulas semanais”, ressalta a coordenadora.

Expansão do projeto

As aulas são administradas pelas professoras regentes das turmas, já que são as mais presentes na rotina dos alunos. Porém, todos os professores tiveram formação voltada para a inteligência emocional e a disciplina será implantada no currículo do Ensino Fundamental II a partir do ano que vem.

“A gente já percebe uma redução de conflitos em sala de aula. Eles aprenderam a nos ouvir melhor e tratar melhor os colegas. A inteligência emocional reduz a evasão escolar e também melhora o desempenho cognitivo, pois precisamos estar bem para aprender”, complementa Denise.

A coordenadora também passou a conversar mais com os estudantes, independente do seu comportamento. Todos são ouvidos. Se antes as crianças tinham medo da sala da coordenação, hoje elas buscam Denise para conversar.

“Todo trimestre chamo os alunos do Internacional para conversar, entender o que estão gostando e como podemos melhorar. Nesse trimestre, já tivemos muito menos estudantes em recuperação. Eles sabem que se tiverem um problema podem nos procurar e serão acolhidos pela escola”, celebra.

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