Intervenções de mestrandos de Blumenau buscam tornar informações científicas mais acessíveis
Estudantes de Biodiversidade querem ensinar sobre o conceito de divulgação científica
Por que os morcegos ficam de cabeça para baixo? Todas as cobras são venenosas? As abelhas vão entrar em extinção? Estas são algumas perguntas que os alunos da primeira turma Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade da Furb responderam e divulgaram para a comunidade como parte da disciplina Diversidade Biológica, realizada durante o mês de outubro.
Um grupo, por exemplo, estudou sobre os morcegos. Para divulgar as informações, eles colaram nas mesas das cantinas do campus 1, adesivos com perguntas recorrentes sobre o animal, que não é, de forma geral, bem quisto pelos seres humanos. Para saber as respostas e conhecer mais sobre os morcegos, bastava apontar o celular para o QR Code impresso no adesivo.
Segundo os estudantes, o feedback do público foi bem positivo. “Procuramos fazer um trabalho mais intuitivo, mais carismático, chamando a atenção com as perguntas e muita gente que frequenta as cantinas acessou o QR Code em busca das respostas”, comenta o aluno Artur Stanke.
Outro grupo trabalhou uma cartilha distribuída para a população próxima às áreas vizinhas ao Parque das Nascentes sobre a Juçara, uma árvore ameaçada de extinção, que dá o palmito-juçara, comum na região.
“Na cartilha, mostramos o quanto a Juçara é derrubada injustamente, para tirar a cabeça de palmito, reforçando a importância que esta árvore tem para os outros animais”, conta o aluno Luiz Felipe Althoff.
As ações realizadas como parte da disciplina de divulgação científica são atividades de extensão e uma das prerrogativas dos conselhos superiores do MEC, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), para os programas de pós-graduação.
“Tornar acessível uma informação mais técnica é um aprendizado importante. É uma forma de treinar e ver como é possível passar dados pertinentes para a população em geral, para que esse conhecimento seja cada vez mais divulgado”, conta a aluna Tays Izidoro.
Os alunos acreditam também que o trabalho é importante para a valorização da ciência. Além dos morcegos e da Juçara, os estudantes também trabalharam informações sobre as serpentes do Vale do Itajaí, os bugios-ruivos e a importância da polinização. O mestrado em Biodiversidade está com edital de seleção para nova turma aberto até o dia 22 de novembro.