Iphan encontra sítio arqueológico na duplicação da BR-470
Batizado de Ilhota 2, patrimônio é um sambaqui
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) encontrou um sambaqui em um trecho por onde passará a duplicação da BR-470, próximo à ponte de Ilhota. Batizado de Ilhota 2, o sítio arqueológico foi identificado no ano passado durante o processo de licenciamento da obra.
“Os sítios normalmente têm uma extensão pequena, 100 metros, 150 metros. Ele não é uma coisa que para a obra toda, para somente naquele ponto. Não atrasa nada porque enquanto o Iphan trabalha no salvamento, nós vamos trabalhando em outros pontos”, explica o o engenheiro João Vieira, responsável pela duplicação da BR-470 no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Segundo Vieira, no mês passado o local foi liberado para que as máquinas pudessem trabalhar. Agora, o Iphan estuda o material histórico, que foi retirado da rodovia. Sabe-se apenas que se trata de um sambaqui (construído a partir de conchas, terra e areia por antigas populações indígenas, que habitaram o território catarinense há milhares de anos). Ele é o segundo do tipo encontrado na cidade:
“No que tange ao sítio Ilhota 01, trata-se também de um sítio arqueológico do tipo sambaqui, porém registrado no ano de 1978. Visto que na época tecnologias de georreferenciamento ou não existiam ou não eram difundidas, não há registro exato de sua localidade”, explica o arqueólogo do Iphan, Pedro Damin.
A escavação de sambaquis é uma obrigação prevista em lei federal. De acordo com a legislação, somente após a realização de pesquisa prévia e aprovação do Iphan é que se pode prosseguir com as obras nos lugares onde há sítios arqueológicos.
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