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João Paulo Kleinübing: “Participar da chapa majoritária é um bom desfecho”

Ex-prefeito de Blumenau diz que coligação aproximou partidos com histórico em comum

João Paulo Kleinübing (DEM) se considera em casa na coligação eleitoral que uniu o seu partido com PSD e PP, numa chapa em que concorrerá a vice-governador. O deputado federal e ex-prefeito de Blumenau valoriza a história em comum dos envolvidos e projeta um governo que reduzirá diferenças regionais catarinenses.

Para Kleinübing, as altíssimas chances de Blumenau ter um vice-governador ou governador são mais importantes que as reviravoltas do último fim de semana, em que ele e Napoleão Bernardes foram escolhidos candidatos a vice. Ele nega qualquer frustração e diz não ter qualquer problema com seu companheiro de chapa, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD).

Leia também: “Ex-prefeitos de Blumenau derrubam o mito da falta de representatividade”

O Município Blumenau – Como o senhor avalia o fechamento das chapas e as reviravoltas do fim de semana?

João Paulo Kleinübing – Foi um fim de semana de muita conversa, de busca de entendimentos. Nós tínhamos uma composição, já deliberada na convenção, com o deputado Esperidião Amin (PP). A gente vinha trabalhando nisso há algum tempo. Mas entendeu-se por bem fazer uma grande coligação, juntarmos as nossas forças num projeto comum. Eu vinha insistindo nisso, que qualquer coligação, qualquer composição, tinha que levar antes de tudo qual o nosso projeto comum para Santa Catarina. Nós temos uma história em conjunto nesse nosso grupo político. E optamos por também participarmos juntos desse processo eleitoral. No que acabou resultando na união do grupo.

Num dado momento da longa pré-campanha, o senhor não aceitou ser vice do deputado Gelson Merisio. O que mudou?

Não, na verdade não é que eu não aceitei. Na verdade, em algum momento a gente chegou a discutir essa conversa, mas nós ainda estávamos discutindo com o deputado Esperidião Amin essa possibilidade. E essa decisão foi uma decisão conjunta, né? Em função até do entendimento que a gente tinha anteriormente. E aí optou-se por fazer essa grande aliança. Não havia, e eu sempre deixei isso muito claro, nenhum tipo de restrição pessoal com o deputado Gelson Merisio. O que a gente estava era construindo um novo processo. E agora que a gente resolveu juntar todas as nossas forças, tanto eu quanto o deputado Esperidião acabamos somando na chapa liderada pelo PSD com o objetivo de oferecer um novo projeto para Santa Catarina, que é o que nos uniu.

O senhor chegou a ser cogitado como líder de uma aliança e inclusive lançou-se candidato a governador pelo DEM. A posição de vice lhe deixa frustrado?

Não, absolutamente. Eu acho que participar da chapa majoritária é um bom desfecho, uma grande oportunidade. Acima de tudo, política não pode ser feita pensando apenas em mim, a gente tem que abrir mão, muitas vezes, dos nossos projetos pessoais, em favor da construção de projetos maiores, que foi o que aconteceu. Não dá para ficar preso ao seu projeto, defendendo apenas a si próprio.

Três ex-prefeitos de Blumenau vão disputar os mesmos votos. O blumenauense não vai poder votar em mais de um representante da cidade na majoritária. Ficou ruim essa configuração?

Não, acho que o fato de termos os três ex-prefeitos participando das chapas majoritárias representa a importância do Vale do Itajaí nesse processo eleitoral. Nós já vínhamos falando disso há bastante tempo. Eu próprio, durante a pré-campanha, quando estava buscando a viabilidade na eleição para governador, eu dizia: o Vale do Itajaí não pode ficar fora da próxima eleição, não pode ficar fora do próximo governo. E não vai ficar, né, porque nós temos aí representante em cada uma das chapas. Acho que isso demonstra a importância do crescimento político do Vale do Itajaí.

Quais serão os temas que a sua chapa pretende levar à campanha? O PSD foi governo nos últimos dois mandatos. Qual a nova mensagem que levará para a eleição?

Acho que a primeira mensagem é nós aproximarmos cada vez mais o governo da sociedade, é buscar eficiência dentro do governo. O governador Raimundo Colombo teve talvez como um dos grandes méritos ter atravessado o processo da forte crise no Brasil sem ter aumentado impostos. E ter conduzido com serenidade essa travessia. Acho que esse é um fator importante que a cidade precisa reconhecer, e já é reconhecido como um dos grandes feitos desse governo. Nós queremos continuar discutindo, e o Merisio vinha discutindo de uma forma muito forte, a questão da segurança pública. Vinha discutindo algo, que eu também falava, da questão de você diminuir as diferenças regionais de Santa Catarina, de você trabalhar olhando para as pessoas que ainda enfrentam grandes dificuldades no estado. Eu sempre defendi que o grande desafio do próximo governo está na educação, especialmente no Ensino Médio. No sentido de você dar um grande salto de qualidade. O secretário Eduardo Deschamps, que é de Blumenau, fez um trabalho extraordinário, inclusive participando no Conselho Nacional de Educação, da formação e da complementação desse novo currículo do Ensino Médio. O que nós queremos é consolidar esse processo e dar um grande salto, que vai mudar de fato o nosso estado.