João Pizzolatti é considerado foragido pela Polícia Civil
Ex-deputado teve a prisão preventiva decretada por descumprir decisão judicial
O ex-deputado federal João Pizzolatti (PP) ainda não se apresentou à Justiça 24 horas após ter a prisão preventiva decretada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Blumenau, Juliano Rafael Bogo. O motivo é o descumprimento da decisão judicial que o proibia de dirigir veículos automotores.
Segundo o delegado regional, Egídio Ferrari, no sistema do Judiciário o mandado de prisão está em aberto e Pizzolatti é considerado foragido. A Polícia Civil fez diligências nesta sexta-feira, 10, para encontrá-lo, mas não informou detalhes sobre onde ocorreram as buscas.
Pizzolatti reside em um sítio em Pomerode e trabalha como servidor da Gerência Regional da Fazenda em Blumenau. A reportagem tentou contato com o órgão, mas ninguém quis prestar informações.
Na manhã de 29 de abril, João Pizzolatto foi flagrado por policiais militares dirigindo o carro da esposa dele, um Jeep Renagade, na rua dos Pomeranos, em Rio dos Cedros. Ele alegou que assumiu o volante de maneira “circunstancial e excepcionalíssima” porque a esposa precisou acudir a filha de uma ano, que estava chorando.
Defesa
Na quinta-feira, o advogado Fernando Henrique Becker abandonou a defesa do ex-parlamentar no processo criminal que ele responde. Ainda não há um novo defensor nomeado no processo para representá-lo.
Acusação
Pizzolatti está proibido de dirigir porque se envolveu em um acidente de trânsito na rodovia Werner Duwe, em novembro de 2017. Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMVRv), ele tinha sinais de embriaguez e invadiu a pista contrária, ferindo com gravidade o motorista de outro carro.
O Ministério Público acusa Pizzolatti de tentativa de homicídio. A defesa dele vem alegando que o episódio não pode ser enquadrado como um crime doloso, conforme a legislação brasileira.