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Josué de Souza: “O Legislativo é o poder mais importante”

Colunista elenca fatores importantes que devem ser observados durante a escolha de candidatos a cargos legislativos

Não esqueça do Legislativo…

No próximo domingo, dia 7, o Brasil vai novamente às urnas, a nona vez desde a redemocratização e em meio ao falso Fla x Flu que estamos inseridos nesta eleição presidencial.

Tão importante quanto escolher o presidente que irá nos governar nos próximos quatro anos, é eleger alguém para o Poder Legislativo. Tanto o presidente quanto o futuro governador terão como principal tarefa saber negociar com o Legislativo. Especula-se que o próximo Congresso será ainda mais segmentado e conservador que o atual.

É do Poder Legislativo a função de fiscalizar as medidas e ações tomadas pelo Poder Executivo. Além disso, cria e aprova leis em benefício da população, que depois serão aplicados pelo Poder Executivo ou Judiciário.

Ou seja, em uma República moderna, os legislativos, seja o Congresso, Câmara Federal, Senado, Assembleia Legislativa ou Câmara de Vereadores, é o poder mais importante. É ali que o destino da nação é decidido.

Por isso a importância de escolhermos bem nossos próximos representantes para o Legislativo. Em uma campanha que começou embalada pela temática da renovação, mas que termina de forma melancólica e arriscando ressuscitar o que tem de pior em nossa história política brasileira, cabe a pergunta aos nossos postulantes aos cargos no Legislativo: Qual a pretensão em ser um parlamentar, seja ele na esfera estadual ou federal?

Observando as campanhas e os discursos políticos, percebe-se que alguns sabem pouco sobre qual será sua função. Prometem ações reservadas ao Executivo, deslize que também é comum aos candidatos do Executivo.

Outro fator importante: Qual a motivação dos candidatos? Sem falar nas bandeiras políticas, mas a motivação em participar do pleito. Uma vez eleito, o que farão com os mandatos? Irão cumprir até o final? Estão utilizando o voto popular como trampolim para suas carreiras pessoais?

Na nossa região, por exemplo, temos 30 candidatos. É obvio, a maioria já sabia quando se candidatou que não se elegeria. Dez são vereadores na cidade de Blumenau e que há dois anos nos pediram votos para legislar por quatro anos. Agora, uma vez eleitos, cumprirão seus mandatos ou serão candidatos a prefeito ou vice daqui a dois anos?

Da mesma forma, deputados e senadores veteranos historicamente recebem como prêmio cadeiras nos Tribunais de Contas. São candidatos a deputados ou a conselheiros nos Tribunais de Contas? Pergunte ao seu candidato!

Josué de Souza escreve sempre às terças-feiras