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Justiça de Blumenau nega pedido de liberdade de acusado de matar Bernardete Libardo

Defesa de José Rufino, acusado de feminicídio, pedirá habeas corpus

A defesa de José Natalício Rufino, 59 anos, acusado de matar Bernardete Libardo, 59 anos, teve o pedido de revogação da prisão preventiva negado pela Justiça. A resposta  à tentativa de tirar Rufino do Presídio Regional de Blumenau foi dada nesta sexta-feira, 1º.

Bernardete foi encontrada morta a facadas no dia 16 de outubro dentro da própria casa, na rua Augusto Reinhold, bairro Nova Esperança. José, que é chefe de cozinha, teve um relacionamento de cerca de três meses com ela. Segundo testemunhas, ele não aceitava o rompimento ocorrido em junho deste ano.

Rufino se entregou à Polícia cinco dias após o crime, quando foi preso preventivamente. A Polícia Civil enviou o inquérito ao Ministério Público nesta semana. Para o delegado David Sarraff, houve um homicídio com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e execução por meio cruel.

“Verifica-se que apesar da apresentação espontânea do investigado para cumprimento do
mandado de prisão, dessa circunstância não é possível concluir que o investigado não irá futuramente frustrar a aplicação da lei penal caso haja a revogação de sua prisão”, concluiu o juiz Juliano Bogo na decisão.

Para Bogo, o fato de Rufino ter fugido para outro estado antes de se entregar indica que ele pode não cumprir as medidas cautelares. Elas seriam impostas em caso de revogação da prisão.

O que diz a defesa

Com a negativa do juiz da 1ª Vara Criminal de Blumenau, o advogado Altamir França pretende entrar com um pedido de habeas corpus ainda nesta sexta-feira. Para ele, não há justificativa para manter Rufino preso, já que o suspeito não apresenta riscos à sociedade.

“Ele é réu primário, colaborou com as investigações e se apresentou espontaneamente. Essa medida extrema (prisão preventiva) é somente em caráter excepcional”, avaliou.

França ainda não comenta sobre o que o cliente teria falado sobre o crime, apenas afirma que o objetivo, agora, é tirá-lo de trás das grades.