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Kelber Pereira vai a júri popular por matar a companheira e o filho de três meses em Blumenau

Crime aconteceu há pouco mais de um ano

Kelber Henrique Pereira, acusado de matar a companheira Jéssica Mayara Ballock, de 23 anos, e o filho de três meses, Théo Pereira, vai a júri popular. O crime aconteceu no dia 24 de julho de 2022.

A informação foi confirmada pelo advogado de Kelber, Rodolfo Warmeling, na noite desta sexta-feira, 28. Rodolfo comentou que não irá recorrer da decisão.

Ainda segundo o advogado, a previsão é que a data do júri popular seja marcada nos próximos seis meses.

Crimes

Kelber foi denunciado criminalmente pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) no fim do mês de agosto de 2022, logo após a conclusão do inquérito policial. A denúncia apresentada pela 8ª Promotoria de Justiça de Blumenau imputam ao homem a prática de dois homicídios qualificados e apropriação indébita.

O documento indica que os dois homicídios foram qualificados pelo uso de meio cruel e sem possibilidade de defesa. No caso da companheira, foi também imputado feminicídio e, no caso do bebê, qualificado também por motivo torpe e praticado contra menor de 14 anos.

De acordo com o promotor de Justiça Átila Guastalla Lopes, além dos dois homicídios, o homem também teria praticado o crime de apropriação indébita, pois para perpetrar a fuga teria se apropriado do veículo de propriedade da empresa para a qual o acusado trabalhava. Em depoimento, Kelber disse não saber porque cometeu o crime.

Relembre o caso

O crime ocorreu no dia 24 de julho, em horário não esclarecido, no bairro Velha Central. Segundo elementos da investigação, o homem primeiro teria matado a companheira, inicialmente asfixiando-a enquanto ela dormia, e em seguida a esfaqueou no pescoço.

Na sequência, decidiu matar a criança, por alegar não ter como cuidar do bebê de três meses sem a genitora. Da mesma forma que fez com a mãe, matou o bebê com várias facadas no pescoço.

Depois de matar as duas vítimas, o acusado pegou o outro filho do casal, de quase dois anos de idade, e fugiu para São Paulo no carro da empresa para a qual trabalhava, que estava sob sua posse para efetuar um serviço em Itajaí.

Kleber foi detido em uma cidade no interior de São Paulo. A prisão temporária foi convertida em prisão preventiva nesta quarta-feira, 24, após manifestação do MP-SC neste sentido. Ele está atualmente recolhido no Presídio Regional de Blumenau.

Assim que a denúncia for recebida pela Justiça, o acusado passa a ser formalmente réu em ação penal, na qual terá amplo direito à defesa e ao contraditório.

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