Divulgação

Uma pesquisa realizada pelo Benefícios Econômicos e Sociais do Estágio e da Aprendizagem, do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) junto com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), identificou queda no valor da bolsa-auxílio para a estagiários no Brasil. Segundo a pesquisa, o benefício era de R$883,00 em 2010, e passou a ser de R$850,00 no ano de 2017. Já em 2013, foi registrado a maior remuneração para o cargo: R$1.013,00.

Aos 24 anos, Eduardo Dias é estudante de Jornalismo. Durante o estágio, desenvolve reportagem. Segundo ele, já estagiou em diversas empresas e a diferença do valor do auxílio de um lugar para o outro é grande. “Hoje recebo mais que o dobro do que recebia no meu primeiro estágio”. A bolsa-auxílio o ajuda a pagar a faculdade e as contas de casa e, por vezes, até sobra um pouco para curtir.

A pesquisa aponta que os estágios de nível superior ofereciam as melhores remunerações (R$ 942) seguido pelo nível técnico (R$ 631). Em 2007, 59,8% das vagas de estágio eram ocupadas por mulheres e que elas ganhavam menos em todos os anos e níveis educacionais. Elas recebiam uma bolsa 8,9% menor do que os homens. 

A estudante universitária Elis Ramos, 21 anos, revela que nos últimos estágios ganhava menos da metade do que ganha atualmente e que a bolsa a ajuda em diversos fatores. “O auxílio me dá uma certa independência financeira. Com ela consigo pagar minhas contas e realizar meus planos de viagens, além de ajudar minha mãe com as despesas domésticas e pagar minha faculdade”, conclui.

Outro fator relevante apresentado no estudo é o aumento do número de estagiários no Brasil. Ao longo desses sete anos, de 339 mil em 2010 o número subiu para 497 mil em 2017. O número representa um crescimento de 47,1%. Nesse período foram gerados 181,6 mil postos de trabalho.