Documentário mostra desafios de uma triatleta e ensina lições para a vida
Dirigir o curta-metragem Anything is Possible, sobre a triatleta Fernanda Hayde, me ensinou o quão fortes podemos ser
Sou privilegiada em poder trabalhar com o que amo e 2018 me trouxe um sentimento forte de gratidão por isso. Ouvir as histórias das pessoas me permite compreender melhor o mundo, respeitar as diferenças, exercitar a empatia… O quão inspiradores são aqueles que compartilham suas experiências com brilho nos olhos! E quantas lições há junto aqueles que, na simplicidade de suas dúvidas, permanecem inconscientes do quanto ensinam! Quando consigo compartilhar em vídeos ou textos toda esta descoberta, fruto da conexão com as pessoas, ah, que felicidade!
E o trabalho mais marcante de 2018 teve tudo que dá sentido à vida: paixão, dedicação, parceria, colaboração, troca, entrega, confiança, sorriso, suor, lágrima. O documentário Anything is Possible contou a história da triatleta Fernanda Hayde e me ensinou demais!
A Fê é daquelas pessoas com uma força absurda. Ela é portadora de espondilite anquilosante, uma doença autoimune que inflama e enrijece as articulações. Poderia ser a sentença para a aposentadoria aos 38 anos, mas virou motivação para ela completar um IronMan e confirmar que diagnóstico não é destino.
Fiz direção, produção e roteiro para o documentário – um trabalho intenso e recompensador. Tudo se tornou mais fácil com a parceria do Edu, do Lucas, da Simone, da Taci e tantas outras pessoas queridas que contribuíram direta ou indiretamente ao longo do projeto. O vídeo de hoje é uma amostra do filme que produzimos com tanto carinho, do início ao fim, com equipe enxuta, independente, colaborativa e apaixonada.
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Lições da triatleta
Com a história da Fê, mais do que falar sobre triathlon, a gente mostra o quanto são importantes a resiliência, a determinação, a fé, a serenidade. A família e os amigos são a fonte de força desta triatleta. Se concluir um IronMan já parece impossível, imagina com as crises agudas de dor que ela sente! Mas jamais se ouvirá a Fê lamuriar ou se fazer de vítima. Ela toma as rédeas da vida dela, entende que tudo acontece para nos fazer evoluir. E o documentário deixa claro: ela não se conforma com os limites que a doença impõe.
As maiores lições que aprendi convivendo com a Fê? Somos muito mais fortes do que imaginamos e não há desculpa plausível para adiar o que me faz feliz.
E você, o que trouxe de lição para o 2019 que recém começou?