Há muito tempo jogos deixaram de ser um passatempo e tornaram-se um negócio multimilionário, não só com grandes estúdios e grandes produções, mas também por conta de um inesperado aspecto competitivo, que cada vez mais vêm se profissionalizando e criando um novo nicho – estamos falando dos e-sports, os esportes eletrônicos. Com eventos e ídolos próprios, cada vez mais pessoas consomem conteúdo relacionado ao tema ou mesmo sonham em integrar uma equipe do tipo.

O mercado abarca os mais variados tipos de jogo: temos uma cena competitiva para títulos de estratégia, outra para jogos de tiro em primeira pessoa, e até mesmo de jogos RPG para PC, muitas vezes movimentando uma economia inteiramente sua. Os jogos de tiro, de longe, estão entre os mais populares entre os jogadores no Brasil, tendo títulos gratuitos para jogar como FreeFire, CSGO e Valorant como alguns de seus principais destaques. E é de Valorant que iremos falar hoje.

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Valorant e seu cenário competitivo

A Riot Games, desenvolvedora de Valorant, já é conhecida por outro enorme sucesso do mundo de e-sports, League of Legends, que inclusive conta com o CBLOL – Campeonato Brasileiro de League of Legends, transmitido pela internet e também em canais de TV por assinatura, movimentando todo um cenário em torno de si. Valorant, por sua vez, é uma das apostas mais recentes da empresa, desta vez apostando em um jogo de tiro em primeira pessoa, com foco no jogo em equipe e em personagens com habilidades únicas.

Gratuito, leve e divertido – algumas das palavras que podem ser usadas para definir Valorant, o que logo levou o título a cair nas graças do público, visto que não exige um computador de última geração para ser jogado, e também está disponível no formato free-to-play, ou seja, não se paga nada pelo jogo-base, somente por cosméticos dentro do próprio título, que em nada afetam sua jogabilidade. Semelhante ao CSGO, da Valve, o modo principal de Valorant consiste em equipes de 5 contra 5 que devem plantar/desarmar uma bomba em pontos específicos do mapa antes que o tempo acabe. Ganha quem detonar ou desarmar o explosivo dentro do limite de tempo, ou então, quem eliminar a equipe adversária primeiro – com um porém, em Valorant, os personagens contam com habilidades únicas, o que pode ditar o ritmo do gameplay, contando também com uma espécie de golpe especial capaz de virar a maré durante a partida.

Ao combinar tantos elementos já familiares ao público brasileiro, Valorant conseguiu a façanha de chegar à marca de 15 milhões de jogadores mensais no país em sua plataforma, o que obviamente vem acompanhado de um enorme cenário competitivo local – com suas premiações na casa das dezenas de milhares de reais, jogadores e equipes cada vez mais habilidosas em busca da vitória e também de fazer parte de algo maior, é aí que entra em cena a criação de uma liga panamericana de Valorant.

Riot aposta na integração

De maneira resumida, a Riot Games optou por reconstruir o ecossistema de Valorant, se aproximando do que hoje acontece com League of Legends – que já conta com seus sistema de franquias, em que equipes formam parcerias com a Riot para a realização de campeonatos, um modelo adotado com sucesso por ligas espalhadas pelo mundo, garantindo maior suporte e melhores salários para os atletas. Os planos para Valorant não diferem muito disso, e a Riot se prepara para dar início ao processo de seleção de equipes e já discute com organizações do setor como fazer para impulsionar não só Valorant como o cenário de esportes eletrônicos como um todo – as novas ligas internacionais reunirão regiões próximas, como América do Norte e América Latina, o que obviamente inclui o Brasil.

Cabe lembrar que a Riot já aposta no desenvolvimento e acesso do cenário semiprofissional de Valorant no país – mostrando o comprometimento da empresa com o cenário de e-sports no país e sua expansão, uma iniciativa que só tem a ganhar com os planos de integração da desenvolvedora para o futuro. Mais campeonatos, mais eventos, mais equipes: parece que a Riot acertou no alvo mais uma vez.