Luciano Hang diz que hackers usam dados vazados para pedir auxílio emergencial
Empresário pede para Polícia Federal investigar vazamentos
Nesta terça-feira, 2, o empresário brusquense Luciano Hang, dono das Lojas Havan, fez um pedido à Polícia Federal para que investigue o vazamento de dados pessoais pelo Anonymous, na noite desta segunda-feira, 1º. Em comunicado de assessoria, Hang informou que hackers teriam solicitado pedido de auxílio emergencial, com uso do CPF do empresário.
“Como todo brasileiro de bem me sinto lesado com esses atos criminosos, que têm por objetivo apenas prejudicar as vítimas e suas famílias. Os autores devem ser exemplarmente condenados e punidos”, afirma.
No Twitter, por volta das 22h, a conta do grupo hacker Anonymous Brasil publicou: “Por direitos trabalhistas e contra a toda repressão. O empresário que odeia seus funcionários e prioriza o LUCRO, acima da VIDA. @luciano_hang Vazamos seus dados. #Anonymous #Antifascista #BlackLivesMatter”, com o link para acessar as informações.
No arquivos constavam números de celulares, e-mails, dados documentais, empresas nas quais Hang seria sócio ou teria participação, além de imóveis que seriam de sua propriedade.
As informações foram retiradas do ar do site de hospedagem Pastebin por volta das 23h20. Pouco minutos depois, a conta que publicou as informações foi suspensa pela rede social.
Confira comunicado na íntegra
Comunicado
O empresário Luciano Hang, dono das Lojas Havan, já fez um pedido à Polícia Federal para que investigue o vazamento dos seus dados pelo Anonymous. “Como todo brasileiro de bem me sinto lesado com esses atos criminosos, que têm por objetivo apenas prejudicar as vítimas e suas famílias. Os autores devem ser exemplarmente condenados e punidos”, afirma.
Na manhã desta terça-feira, o empresário também recebeu informações de que hakers estão solicitando pedido de auxílio emergencial usando o seu CPF. Esse é um crime de fraude e também já foi reportado para a Polícia Federal.
Inquérito das Fake News
Na última semana, Luciano Hang foi apontado como um dos 17 investigados no conhecido inquérito das Fake News, do Supremo Tribunal Federal (STF). O empresário foi um dos alvos da operação da Polícia Federal, com as medidas de busca e apreensão, além de quebra de sigilo bancário e fiscal e bloqueio de suas redes sociais.
O inquérito 4.781/DF investiga a disseminação de notícias fraudulentas, falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações ao STF.
Além disso, a investigação aponta a existência de esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais, com o intuito de lesar ou expor a perigo de lesão a independência do Poder Judiciário e ao Estado de Direito.