Mais de 60% das mortes no trânsito de Blumenau em 2019 foram de motociclistas

Das 16 vítimas fatais ocorridas no município, dez envolveram motocicletas

Segundo dados do Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transportes de Blumenau (Seterb) e da Guarda Municipal de Trânsito (GMT), 62,5% das mortes que ocorreram este ano no trânsito do município foram de motociclistas. Os dados foram coletados de 27 de janeiro até 27 de julho.

Neste período, foram contabilizadas 16 mortes no trânsito blumenauense. Destas, dez envolveram motocicletas. Complementando as estatísticas, foram quatro mortes de pessoas em automóveis, enquanto somente um ciclista e um pedestre morreram por acidentes de trânsito.

Praticamente todas as mortes são relacionadas a colisão de outros veículos com as motocicletas. Um dos casos mais recentes foi o de Bruno da Silva. Ele colidiu com um ônibus do transporte coletivo de Blumenau, no bairro Velha, e morreu na hora.

Imprudência é maior vilã

Fora do perímetro urbano, nas rodovias, houve seis acidentes fatais em Blumenau e arredores em 2019, conforme dados levantados pela Polícia Militar Rodoviária. Destes, três foram motociclistas, dois foram resultado de atropelamentos de ciclistas e um foi o atropelamento de um pedestre.

Conforme explica o 1º Tenente Pires, comandante da 3ª Companhia do Primeiro Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o volume de mortes nas rodovias permaneceu o mesmo de 2018. Contudo, uma atuação mais contundente por parte da PMRv conseguiu, ao menos, reduzir o nome de acidentes. “Nós ampliamos a fiscalização. As mortes, infelizmente, foram praticamente as mesmas, mas o número de acidentes caiu significativamente. Com o aumento da nossa atuação, nós autuamos 3.232 veículos em 2019. No mesmo período, em 2018, haviamos autuado 1.497”.

Segundo Pires, os acidentes com motocicletas são muito mais relacionados às imprudências. “Nós observamos o uso equivocado dos corredores, que ocasionam em acidentes fatais muitas vezes. Motociclistas usando deliberadamente este espaço. É um uso deturpado e banalizado dos corredores, nos quais muitas vezes o condutor de um caminhão ou de um automóvel é surpreendido com a presença da moto e acaba ocasionando o acidente”.

Conversões equivocadas, com erro de cálculo, e principalmente o excesso de velocidade também foram apontados por Pires. “A imprudência acompanhada do excesso de velocidade e de ultrapassagens em local inadequado são, na grande maioria das vezes, fatais”.

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