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Mapa revela pontos em que falta conexão às ciclovias de Blumenau

São necessários 75 quilômetros de vias para resolver um dos principais problemas apontados por ciclistas

Esta reportagem foi produzida por estudantes do curso de Jornalismo da Furb. Ela integra o jornal laboratório aParte, publicado neste mês de novembro pela universidade.

Por Gilliard Roden e João Victor Baumgartel Góes

“Blumenau tem uma malha cicloviária relativamente desenvolvida, porém, de forma segmentada e sem conectividade entre os trechos existentes”. É assim que o próprio relatório do Plano de Mobilidade Urbana de Blumenau define a situação das ciclovias na cidade. Criado em 2015, o documento estabelece uma série de orientações relacionadas à mobilidade, uma delas é dar preferência a pedestres e ciclistas.

A falta de conexão gera diversos transtornos aos blumenauenses que usam a bicicleta. Um ciclista que mora no bairro Vorstadt, por exemplo, não consegue se deslocar até o Centro  transitando apenas em espaços destinados às bicicletas. Embora a região tenha uma ciclovia de 4,2 km, que vai do Complexo Esportivo do Sesi até a Ponte dos Arcos, dali em diante não há continuação.

Assim, o ciclista é obrigado a trafegar entre os carros. Neste caso, a falta de espaços dedicados às bikes também afeta pedestres e veículos motorizados, principalmente na questão da segurança. Como o caso do Vorstadt, há dezenas de outros trechos à espera de conexão. Confira no mapa abaixo. Ele destaca o que existe e projetos já em andamento.

No prazo de dois anos, a prefeitura deve investir cerca de R$ 7,3 milhões em ciclovias por meio do programa PAC Mobilidade, do governo federal. Com o dinheiro, a malha cicloviária ganhará 13 Km. Entretanto, seriam necessários cerca de 75 quilômetros para conectar os trechos já existentes. Segundo o gerente de projeto viário da Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Blumenau, Paulo Sérgio da Costa Júnior, os novos projetos estão sendo baseados no novo Plano de Mobilidade, porém, as execuções esbarram na burocracia e na falta de recursos.

O arquiteto e professor da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Christian Krambeck, acredita que é completamente viável conectar todas as ciclovias da cidade.

”A construção dessas ciclovias é fundamental, não é só ficar aguardando financiamento externo. A prefeitura precisa ter uma linha de investimento próprio… Investindo R$ 10 milhões por ano, em cinco anos todas as ciclovias estariam completamente interligadas”, projeta.