Presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau quer garantir sede própria antes do fim do ano
Proposta é garantir que projeto seja encaminhado antes de mudanças no corpo legislativo da cidade
Um ano após apresentar um projeto ousado para a sede própria da Câmara de Vereadores, incluindo uma revitalização do Centro Histórico, o poder legislativo de Blumenau ainda não conseguiu tirar a ideia do papel.
Este foi mais um planejamento que precisou ser deixado de lado durante a pandemia. Especialmente porque 1/4 do fundo criado para guardar dinheiro para construção da nova sede foi doado para o combate à Covid-19. O repasse de R$ 1 milhão foi acompanhado das sobras do legislativo.
Como o proprietário do terreno que eles pretendem ocupar cobra um valor muito alto para os cofres públicos, uma alternativa era negociar com o governo estadual a doação de um prédio abandonado no Centro da cidade.
O imóvel localizado na rua Itajaí já abrigou o Centro de Saúde e há dois anos é ocupado por uma comunidade indígena. Ele seria utilizado como uma forma de permuta com o proprietário, que tinha a intenção de instalar um museu do automóvel no local, os moldes do que ele já possui em Pomerode.
“Eu estive com o governador e ele assumiu um compromisso comigo. Mas não doaram. Pro Estado não é nada, mas pra Blumenau faria uma grande diferença. Agora, como é ano eleitoral, ele tá impedido de fazer a doação”, relata Marcelo Lanzarin, presidente da Câmara.
Negociações continuam
Agora, com a forte possibilidade de novos vereadores na Câmara, a preocupação de Lanzarin é encaminhar o projeto, para garantir que ele se torne mais concreto antes que possa ser esquecido. A construção faz parte do planejamento estratégico do legislador.
“Eu particularmente acho que esse projeto não é mais apenas da Câmara. Já se tornou um projeto da cidade. Quando apresentei para os vereadores, a maioria foi favorável, mas não sei como vai ser ano que vem”, afirmou.
As negociações com o proprietário, envolvendo a Prefeitura de Blumenau, continuam. A ideia é que o município considere o terreno de utilidade pública e facilite a compra. Para garantir o andamento, o projeto será fracionado.
“É uma solução não só para sede, mas para nossa cidade. Será praticamente um Ramiro no Centro. Mas a execução envolve muitos recursos, então a primeira etapa será a revitalização completa do bosque atrás da Fundação e do Mausoléu”, explica.
Outra proposta do presidente é aproveitar as obras de construção da nova ponte da rua XV de Novembro para encaminhar a construção de uma passarela que contornará o entorno do rio até o Mausoléu do Dr. Blumenau.
“Eu vou defender e lutar para que a gente consiga dar o start ainda esse ano nesse projeto. Não quero perder a oportunidade enquanto for presidente. Quero ao menos deixar isso amarrado”, declarou Lanzarin.