Novo exame
De acordo com a especialista, o câncer se forma devido a múltiplas lesões no DNA. “Existem genes de policiamento dos erros do DNA, há pessoas que tem instabilidade de microssatélites – que não consegue reparar um pareamento errôneo do DNA. Com isso, o organismo não consegue fazer a troca, por isso podem ter um câncer mais agressivo e em idades menores”.
A patologista comenta que a situação pode ser identificada na biópsia, por meio da imunoistoquímica, que vai pesquisar a instabilidade de microssatélites. “São vários tumores que podem tem esta alteração no exame, não apenas o do cólon”, pontua Beatriz.
A orientação geral é que a partir dos 50 anos as pessoas devem realizar uma colonoscopia para detectar uma possível alteração. Se a pessoa tem histórico de câncer de cólon na família, a recomendação é que o exame seja feito cerca de cinco anos antes da idade em que o familiar descobriu o tumor, conforme explica a médica patologista, Paula de Carvalho.
Por meio do material coletado na colonoscopia, as patologistas conseguem identificar se há ou não câncer, o tamanho e se a proliferação de células já tinha indícios de que estava se transformando em câncer – a displasia epitelial. Também é possível definir qual linha o tumor vai seguir, se as lesões são de baixo ou alto grau e o estadiamento, ou seja, verificar quais camadas do intestino já foram tomadas e se ele já se espalhou.
“O câncer de cólon tem um bom prognóstico, se realizado o diagnóstico precoce, a pessoa tem grandes chances de cura”, acrescenta Paula.