Mensagens nas redes sociais mostram descontentamento com a Blumob

Por Isabella Cremer e Jamille Cardoso

Quem observa os comentários deixados pelas pessoas que estão acompanhando a CPI do Transporte Coletivo de Blumenau logo percebe que a maioria utiliza os comentários das transmissões para mostrar o descontentamento com o serviço que está sendo prestado pela Blumob atualmente.

São vários os comentários que falam sobre a falta de ônibus, principalmente em bairros mais afastados do Centro; que tratam de problemas com os poucos horários de circulação dos coletivos e que abordam o problema dos ônibus lotados, com mais passageiros do que o permitido por conta da Covid-19.

“Aos domingos e feriados os horários de ônibus dos terminais para os bairros, tem intervalo de 2 horas. É um absurdo. A realidade é que essa empresa está fazendo o que quer. E o contrato?? E os ônibus que foram tirados da frota e foram para Mogi das Cruzes por autorização da AGIR, voltarão para Blumenau?? São milhões para a empresa e uma qualidade de serviço que deixa a desejar”, comentou Chico do Werner em transmissão de uma das reuniões da CPI feita pelo Facebook.

“Tomara que saia essa empresa. Tá uma porcaria, uma bagunça. Desde o início da pandemia não temos ônibus aqui no Pak (sic) Fortaleza. Talvez eles acham o Covid está aqui no loteamento. Porque nos outros local (sic) os ônibus passam lotados”, comentou Fatima Bertoldi em publicação no Facebook da Câmara de Vereadores.

Ilona Mette da Conceição também expressou seu descontentamento através da mesma rede social com a seguinte mensagem: “Pra Blumob der (sic) lucro precisa pôr os coletivos rodar normal de segunda-feira a segunda-feira, finais de semana não temos coletivo isso é uma pouca vergonha pra nossa cidade fins de semana 18:30 minutos último horário que sai dos terminais”.

A usuária do transporte público prossegue: “A empresa só sabe anunciar que tem setenta por cento de coletivo rodando mas nós não vimos ainda esse setenta por cento da frota rodando, só se está rodando em outro cidade da empresa que eles têm também, em Blumenau não tem setenta por cento rodando”.

Já sobre a questão da lotação dos ônibus durante a pandemia, o perfil Bola Bnu comenta que “em momento algum a Blumod foi autuada pela Vigilância Sanitária já que os ônibus sempre estão lotados”.

Além do alto número de comentários que demonstram o descontentamento das pessoas com o serviço prestado no município, há aqueles que propõem algumas soluções para os problemas. Lindomar Roseléia fez três comentários sugerindo mudanças.

Um com relação à lotação dos ônibus, no qual propõe a instalação de um painel externo indicando o total de passageiros no ônibus, e dois em relação aos horários do transporte coletivo: “Uma sugestão. Será que não era bom fazer um piloto de testes? Para uma nova atualização de horários e trajetos. Talvez ganhe no caminho e possa fazer mais economia”. Para ele, seria bom adequar alguns ônibus com o horário atual das empresas, para “o pessoal poder ir e vir”.

Como a comunidade pode participar da CPI

A comunidade, assim como os outros vereadores que não fazem parte da CPI, não podem participar fazendo perguntas para as pessoas que são convocadas nas reuniões da comissão.

De acordo com o procurador-geral da Câmara de Vereadores de Blumenau, Ray Reis, apenas os vereadores que integram a CPI têm o poder de inquisição e de investigação, conforme comentamos anteriormente. Apesar desta limitação, segundo o procurador-geral, a população poderia participar das reuniões de forma presencial e pedindo o uso da palavra para manifestar as suas opiniões no início de cada reunião.

Além desta forma de participação nas reuniões da CPI, os moradores da cidade podem contribuir com a CPI de outras formas, segundo Reis. As pessoas podem acompanhar os trabalhos da comissão e se colocarem à disposição para esclarecer algum ponto relevante que está sendo investigado, contribuir com documentos e provas, além de conversar com os vereadores que fazem parte da CPI para sugerir questionamentos.

Durante as transmissões das reuniões da CPI, algumas pessoas já sugeriram perguntas para os vereadores via comentários nas redes sociais. “Diretamente não, mas indiretamente a comunidade pode participar, com certeza”, opina Reis.

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