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Covid-19: mesmo com alta em casos, transporte coletivo segue registrando aglomerações em Blumenau

Passageiros fazem registros de veículos lotados em horários de pico

O transporte coletivo de Blumenau foi alvo de uma série de denúncias durante os últimos dois anos quando o assunto era aglomeração e veículos lotados de passageiros. Diversas reportagens mostraram flagrantes de casos reclamados pelos usuários.

Esses registros continuam acontecendo – principalmente nos horários de pico – e sendo alvo de reclamações constantes. Fotos abaixo foram tiradas na última semana e mostram a situação.

Entretanto, há uma diferença nos dois cenários. Na maior parte do ano passado os ônibus possuíam restrição no número de usuários de até 75% da lotação, o que atualmente não existe mais.

Como Blumenau está apontado como “potencial alto” na Matriz de risco do Governo do Estado, não há limitação vigente para o transporte coletivo via decreto estadual. Ou seja, os ônibus andam sem restrições de passageiros e apenas com a obrigatoriedade dos outros cuidados – uso de máscaras, higienização, etc.

Desde o início de 2022, os números de casos voltaram a crescer diariamente em Blumenau, principalmente pela aparição da variante ômicron. Nesta quarta-feira, 2, por exemplo, a cidade ultrapassou a marca de 100 mil casos confirmados desde o início da pandemia, sendo 1.243 apenas nas últimas 24 horas.

Esse aumento perceptível no número de casos chegou a ser tema de entrevista com o secretário de Saúde do município, Winnetou Krambeck, que falou sobre a necessidade de manter a preocupação com as medidas sanitárias.

Até por conta disso, nesse meio tempo houve adiamento de concurso da Prefeitura de Blumenau, alterações em horários de ônibus por muitos casos entre os funcionários, e até movimentação do setor privado, que por meio da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), pediu às empresas reforçarem os cuidados. 

Somando-se a tudo isso, um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC), a pedido da CNN Brasil, apontou que o transporte coletivo é o grande vilão para a disseminação da variante Ômicron, devido as grandes aglomerações registradas nesses veículos.

“Sempre teremos maior contaminação onde for possível observar uma grande aglomeração de pessoas. Por exemplo, apesar de hospitais apresentarem uma taxa elevada de vírus, existe uma quantidade maior de pessoas circulando em transporte público do que propriamente nas unidades de saúde. Isso torna os ônibus um lugar de grande periculosidade”, afirmou o infectologista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Celso Ferreira Ramos, à reportagem da CNN Brasil.

Mais higienização, mas sem limitação

Nossa equipe entrou em contato com a Seterb para entender quais são as orientações e cuidados que estão sendo tomados no transporte coletivo do município. O diretor de transportes, Lairto Leite, afirmou que atualmente não há possibilidade de reduzir o limite de passageiros nos ônibus, caso não haja um agravamento na Matriz de Risco da cidade.

“Não temos nada nesse sentido. Seguimos as orientações dos decretos do Governo do Estado. O que ampliamos ou reforçamos foi a higienização. Ou seja uma ampliação de funcionários pra fazer a higienização com maior frequência”, explicou Lairto.


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