Ministério da Saúde garante eficácia de vacinas envolvidas em caso de pane elétrica em Blumenau

Cerca de 48 mil doses da imunizante contra Covid-19 estavam sob análise

Das cerca de 73 mil doses de vacinas envolvidas no caso da pane elétrica na sede da Vigilância em Saúde, em Blumenau, 48 mil eram contra a Covid-19, 25 mil para patologias diversas – como febre amarela, tríplice viral, soros, entre outros – e 800 contra poliomielite.

Destas, apenas as contra pólio tiveram a recomendação de descarte imediato e já foram inutilizadas pelo município, pois a temperatura de alguma forma ocasionou mudanças nas características do imunizante. Nas demais doses, todas tiveram a eficácia garantida pelo Ministério da Saúde e Governo do Estado de Santa Catarina.

A pane elétrica aconteceu na madrugada de quinta-feira, 30, no espaço onde ficam armazenadas as vacinas. Ainda na noite de quinta, veio a confirmação da análise da Vigilância Epidemiológica do Estado, garantindo a eficácia das 25 mil doses contra patologias diversas.

No caso das vacinas contra o coronavírus, foi necessário envio para avaliação do Ministério da Saúde. Na sexta-feira, 1, veio a confirmação também de não alteração da eficácia.

“De acordo com a Avaliação de Qualidade de Imonobiológicos enviada pela Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, nesta sexta-feira, 1º de outubro, a variação de temperatura à qual as vacinas foram expostas não alterou as especificações dos produtos, mantendo a qualidade necessária para aplicação e imunização contra a Covid-19”, explicou nota da Prefeitura de Blumenau.

Investigação

De acordo com informações divulgadas pela Prefeitura de Blumenau, houve um curto-circuito em um dos disjuntores do sistema de elétrico do prédio Vigilância em Saúde – onde está localizada a rede de frio – apresentou falha, causando queda no abastecimento de energia.

Um gerador equipado para manter armazenadas em temperatura adequada as vacinas recebidas deveria ter entrado em funcionamento, mas, por motivos ainda em investigação, a ativação não ocorreu. Além disso, um servidor público designado para manter sobreaviso, acompanhando e evitando ocorrências que possam comprometer os lotes de vacina, também não acionou reparo ou auxílio de equipes externas.

Por conta de toda essa situação, o secretário Municipal de Promoção da Saúde, Winnetou Krambeck, e a coordenadora da Comissão Municipal de Imunização e vice-prefeita, Maria Regina Soar, determinaram a manutenção do sistema, o levantamento das causas do problema, incluindo o motivo do não acionamento do gerador instalado para garantir a manutenção do fornecimento de energia para a rede de frio.

Além disso, foi solicitado o envio de relatório à Procuradoria Geral do Município para a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o servidor que cumpria o sobreaviso. O secretário também determinou a elaboração de um laudo técnico para apurar com exatidão o que ocasionou a falha do sistema de suporte de fornecimento de energia das câmaras frias.


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