Mobilidade urbana: confira as propostas dos 12 candidatos à Prefeitura de Blumenau para solucionar problema

O Município Blumenau questionou os postulantes sobre uma das questões vitais à cidade

Trânsito intenso, ônibus lotados, falta de ciclofaixas… A mobilidade urbana de Blumenau é comumente assunto entre os moradores da cidade. O Município Blumenau conversou com todos os candidatos à prefeitura para saber quais eram os projetos deles para solucionar o problema.

A primeira questão foi: Como você pretende solucionar o problema da mobilidade urbana em Blumenau, viabilizando um trânsito amplamente criticado pela comunidade e que constantemente tem seu fluxo interrompido em diversos bairros?

Confira as respostas dos candidatos e candidatas abaixo. A ordem dos posicionamentos segue a do sorteio realizado pelo jornal.

Ivan Naatz (PL)

Creio que na atualidade de Blumenau, com seus 360 mil habitantes e mais de 270 mil veículos, a mobilidade urbana é um dos principais desafios a ser vencido. De 2016 para cá, houve muita discussão e teoria com a apresentação, inclusive, do Plano de Mobilidade Urbana.

Mas é preciso partir para as ações práticas, definindo metas de curto, médio e longo prazo que, de fato, possam ser executadas priorizando as pessoas, em respeito a quem fica parado no trânsito  ou espera horas pelo ônibus.

Pretendo tornar realidade a gestão do tráfego urbano neste sentido, com ações práticas e um olhar diferenciado para os bairros. É questão de dar o primeiro passo no sentido de otimizar o funcionamento de uma central de controle operacional interligada com uma central de tráfego, tudo monitorado mas também com mudanças no transporte coletivo no sentido de viabilizar mais linhas e ampliar o sistema de corredores exclusivos, onde é possível.

No transporte coletivo, aliás, a primeira ação deverá ser de uma revisão e auditoria total nos contratos iniciais com a empresa atual. Uma nova ponte no Centro, em um local de fato estratégico, e não o remendo atual, também ajudará na melhoria do fluxo.

Ana Paula Lima (PT)

A mobilidade urbana em nossa cidade precisa de planejamento. Nos últimos anos a cidade passou a ser pensada apenas para os carros. Outros modais, como a bicicleta e o transporte coletivo, foram absolutamente negligenciados.

Resolver os gargalos que hoje temos em nosso trânsito passa, necessariamente, por um olhar mais amplo sobre o deslocamento das pessoas. Humanizar a cidade, garantindo a mobilidade para todos: pedestres, usuários do transporte coletivo, ciclistas, motociclistas e motoristas.

Vamos resgatar a confiabilidade no transporte coletivo, aumentar o número de linhas, adotar novas tecnologias e criar a tarifa social e bilhete único.  

Odair Tramontin (Novo)

Blumenau vive um caos na mobilidade urbana por conta de suas características geográficas e porque as obras estruturantes há muito projetadas não foram implementadas. A solução não virá com paliativos e sim com obras de grande impacto.

Como não há verba orçamentária, é preciso buscar soluções de financiamento externo para ao menos iniciar as grandes obras de infra-estrutura em Blumenau, como por exemplo: binário da Rua Amazonas, prolongamento da Via Expressa (obra de responsabilidade do Estado), readequação da Pedro Zimmermann, além de inúmeras outras que estão há muito projetadas e abandonadas.

Mário Hildebrandt (Podemos)

O grande desafio da mobilidade urbana é o transporte coletivo. Nós reconhecemos que é um dos melhores do Brasil, com uma frota de veículos novos. Mas será necessário vencer os efeitos da pandemia do coronavírus.

Mas este é um desafio que já estamos enfrentando e que vamos resolver, garantindo a oferta de linhas e horários em quantidade suficiente para os deslocamentos dos trabalhadores, estudantes e demais usuários, além de manter o emprego e a renda de motoristas e cobradores.

Também temos projetos para melhorar a mobilidade para os carros. Acreditamos no planejamento como forma pensar a cidade e tomar as melhores decisões visando o enfrentamento dos problemas mais imediatos e preparação do município para os desafios de médio e longo prazo, sempre com base no Plano Municipal de Mobilidade Urbana.

Por isso, vamos concluir as quatro pontes em execução no município e executar e concluir inúmeros outros projetos, abrangendo áreas como drenagem, contenção de encostas, reperfilagem de 60 km de importantes vias de ligação, pavimentações de vias secundárias, ampliação de calçadas e ciclovias.

João Natel (PDT)

O planejamento da cidade não pode ficar restrito a uma secretaria interna. A sociedade deve participar na formulação e acompanhamento da sua execução. Para isso, propormos a criação, imediata do Instituto de Pesquisas e Planejamento Urbano de Blumenau, IPPUB, com ampla participação da sociedade, instituições de ensino, profissionais liberais sobre mobilidade urbana, sustentabilidade, uso de solo etc. 

Revitalizar vias importante para caminhabilidade e bicicletas, priorizar outras formas de mobilidade, que não seja transporte individual motorizado. Construir calçadas nos principais corredores viário, ampliar e construir novas ciclovias e ciclofaixas. 

Mapear pontos estratégicos e críticos no trânsito urbano e de forma urgente implantar soluções como trincheiras, viadutos e passarelas, túneis, em pontos estratégicos e críticos no trânsito urbano. 

Ampliação dos corredores de Bus Rapid Transport, com ônibus biarticulados nos troncais e em horário de pico, com uso de biocombustíveis e eletricidade e com integração com outros modais de transporte, como a bicicleta. 

Fortalecer bairros e regiões para descentralizar o desenvolvimento. Fomentando negócios locais e diminuindo deslocamentos diários. 

Débora Arenhart (Cidadania)

Porque o blumenauense tem que se conformar em ser tratado ainda como colônia? Precisamos de obras compatíveis com o tamanho e demanda de nossa cidade. Pontes e obras isoladas só gastam dinheiro e não resolvem o problema de transito de Blumenau.
Hoje Blumenau, segundo Detran, tem mais de 270 mil veículos registrados, um aumento de mais de 50% nos últimos 10 anos.

Precisamos seguir um projeto único, não adianta planejar a mobilidade urbana da cidade como um todo e nas mudanças de cadeira, mudarmos de projeto.

No meu governo trataremos a mobilidade urbana com seriedade, onde nossas atitudes seguirão um projeto viário integrado, onde o anel viário periférico será prioridade na execução das obras.

Este importante eixo precisa de um estudo aprofundado, que em linhas gerais, passa pela criação do anel periférico circundando a cidade, evitando os gargalos da necessidade obrigatória do fluxo passar pelo centro da cidade, também a interligação entre terminais de transporte coletivo.

Georgia Faust (PSOL)

Existem formas possíveis de se locomover pela cidade que não sejam exclusivamente com automóveis. Formas mais inclusivas, mais saudáveis, mais ecológicas. As dificuldades que passamos com nossas bicicletas são ainda mais dramáticas quando falamos sobre mães e seus carrinhos de bebês, pessoas com mobilidade reduzida ou cadeirantes.

Queremos expandir as ciclovias e ampliar bicicletários nos terminais de ônibus, ampliar a Secretaria de Transportes, transformando em uma Secretaria de Mobilidade Urbana, trazendo para si o planejamento cicloviário e criando um departamento focado nos deslocamentos a pé pela cidade, criar bicicletários e serviços de locação de bicicletas nos Terminais Urbanos, além de equipar uma integração da bicicleta com o transporte coletivo.

Uma cidade realmente integrada, e comprometida com a inclusão radical de todos os seus cidadãos, precisa levar em conta não apenas a construção de estradas, pontes e viadutos, mas também os pequenos percursos e as rotas cotidianas das pessoas que moram na cidade. Em uma realidade em que não dispomos nem de calçadas na maioria dos bairros periféricos, parece pouco mas pode fazer muita diferença para muita gente. 

Jairo Santos (PRTB)

Retirando semáforos, construindo rotatórias, construindo e abrindo acessos, incentivando o uso de modal de transporte em conjunto, trabalhar em parceria com empresas e fuincionarios aplicando o instituto do incentivo.  

Wanderlei Laureth (Avante)

Temos que pensar a mobilidade urbana em vários fatores. Primeiro temos que corrigir o erro que foi cometido nas últimas gestões na questão do trasporte público. Ou seja, fornecer um transporte público de qualidade, climatizado, com mais opção de linhas e de empresas para gerar concorrência. Isso está no nosso plano de governo e já vai melhorar alguma coisa.

Segundo é melhorar as condições para as pessoas poderem caminhar, andar de bicicleta ou até cadeira de rodas em Blumenau. Hoje, a cidade só tem calçadas boas, largas e ciclovias no Centro da cidade. Você precisa fazer um plano de viabilidade para essas pessoas que necessitam desse meio de transporte.

Criação de novas ruas, uma verdadeira ligação do Velha-Garcia. Um grande projeto que já existe desde 1970 e vamos tirar do papel é o Rodoanel em Blumenau, que deve melhorar completamente o trânsito da cidade a partir de 2024.

Mário Kato (PCdoB)

Melhoria imediata do sistema de Transporte Coletivo, com auditoria no contrato entre PMB e Blumob/Piracicabana. Criação de novas linhas e ampliação dos horários com realização de nova licitação para estas linhas, criação de Empresa pública de transporte coletivo para participar do novo sistema. Ampliação das ciclovias e construção de bicicletários e integração ao sistema de transporte coletivo. Estimulo a criação e/ou ampliação dos Centros comerciais e de serviços nos bairros para reduzir a necessidade de deslocamentos.

Ricardo Alba (PSL)

A melhoria na mobilidade urbana do município passa pela priorização de medidas que promovam o desenvolvimento e autonomia de cada bairro, de modo que o cidadão não necessite se deslocar entre as diversas regiões da cidade, gerando ganho para a economia de cada uma delas, e oportunizando ao munícipe um cotidiano com maior tempo aproveitável e menos aborrecimentos em razão de longos e lentos deslocamentos. O caminho para que referida mudança seja concretizada abrange o apoio ao comércio local e a melhoria na infraestrutura relacionada à saúde e educação. 

João Paulo Kleinübing (DEM)

Em primeiro lugar é preciso entender que mobilidade urbana é mover pessoas e não apenas veículos. Olhar para a mobilidade de forma integrada, priorizando o transporte coletivo e o andar a pé e de bicicleta.  

Priorizar o transporte público é investir na ampliação dos corredores de ônibus, como já realizamos entre os terminais Aterro e Fonte. Nos próximos 4 anos vamos implantar os corredores sul (Fonte – Garcia) e Norte (Aterro – Itoupava Central) e o retorno das estações de pré-embarque climatizadas.

É imprescindível rever todo sistema de transporte coletivo da cidade. Esse modelo, de concessão para uma única empresa que arrecada a tarifa e presta o serviço, está ultrapassadoOutra questão importante é a adoção de tecnologia no transporte, com o uso do celular para compra da passagem.  

Implantaremos em Blumenau o conceito da cidade de 15 minutos criando as condições de infraestrutura e de desenvolvimento, para que qualquer pessoa possa, em 15 minutos a pé ou de bicicleta, da sua casater seu emprego, seu lazer, suas compras etc. 

Claro que isso é um trabalho a médio, longo prazo, mas precisamos iniciar. É uma mudança completa na forma de pensar e organizar a cidade. 


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