Morador de Joinville é preso por suposta ligação com grupo terrorista

Ele passou por audiência de custódia

Um morador de Joinville está entre os presos pela Polícia Federal na Operação Trapiche, que investiga uma suposta ligação de brasileiros com o Hezbollah. Jean Carlos de Souza, de 38 anos, passou por audiência de custódia e nega envolvimento. “Eu não sou terrorista”, defende.

O vídeo da audiência foi publicado pelo G1. Jean conta que foi preso no Centro de São Paulo, ao lado de um hotel, por policiais federais e um civil. Ele diz que estava com amigos e que a bagagem estava no hotel, mas que não ficaria lá.

Jean disse em audiência que é formado em gestão de produção industrial e técnico em plástico. Afirma que faz alguns serviços terceirizados para empresas do ramo, mas atualmente trabalha com captação de negócios.

O morador de Joinville diz que viaja com frequência e costuma ser abordado pela Polícia Federal no aeroporto. “Sempre que a PF para, procuram drogas na bagagem”, conta. Ele relata que sair da suspeita de tráfico para suspeita de terrorismo, “é algo muito sério”. “Estou sendo tratado igual um bandido, um terrorista, mas não sou”, complementa.

A operação

Na última quarta-feira, 8, a Polícia Federal realizou a Operação Trapiche. Conforme a instituição, o objetivo é “interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país”.

Na data, policiais federais cumpriram dois mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela subseção judiciária de Belo Horizonte, nos estados de Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal.

Conforme divulgado pelo G1, a Polícia Federal em Brasília foi alertada que brasileiros estariam sendo aliciados e contratados por comandantes do Hezbollah, no Líbano, para promover ataques no Brasil. O grupo estava sendo monitorado desde dezembro de 2022.

Segundo as investigações, alguns brasileiros teriam se encontrado com o Hezbollah em viagens recentes a Beirute, para definir valores pela colaboração em atos terroristas, lista de endereços a serem atacados e recrutamento de executores.

De acordo com a PF, os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.

Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.

A reportagem busca contato com José Roberto Timoteo da Silva, advogado de Jean.


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